Samba em revista: edição reúne 15 artigos inéditos sobre a diáspora negra

Publicação pode ser acessada gratuitamente.

Saiu a 13ª edição de Samba em Revista, publicação oficial do Museu do Samba, que reúne 15 artigos inéditos sobre a diáspora negra e os patrimônios imateriais de matriz africana. Elementos fundamentais da cultura afrobrasileira, o samba, o jongo, o congado e o candomblé são destaques. A publicação é fruto de uma parceria entre o Museu do Samba – instituição cultural localizada na Mangueira, berço de bambas na Zona Norte do Rio –, o Laboratório de História Oral e Imagem (Labhoi) e o Programa de Pós-Graduação em História, ambos da Universidade Federal Fluminense (UFF); e o Laboratório de Estudos Africanos, do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Leafrica/UFRJ).   

A revista online surgiu como desdobramento do 1º Encontro Internacional Samba, Patrimônios Negros e Diáspora, realizado de forma totalmente virtual durante a pandemia, de 20 a 22 de outubro de 2021, com apoio da FAPERJ, por meio do edital Apoio à Organização de Eventos Científicos, Tecnológicos e de Inovação no Estado do Rio de Janeiro.

As palestras foram registradas em vídeos e estão disponíveis aqui. “Entendemos que aquele era um momento importante para discutir a história dos patrimônios negros na luta antirracista, e para isso convidamos expoentes da cultura negra, detentores de saberes populares, como líderes do jongo e do congado, e especialistas e profissionais que trabalham em museus”, contou a historiadora Martha Campos Abreu, professora titular do Departamento de História da UFF.

A publicação está dividida em três partes, que agrupam textos relativos aos temas discutidos em cada dia do Encontro: Diáspora, Direito à Memória e Antirracismo, no primeiro dia; Musealização da Escravidão e da Cultura Negra, no segundo; e Patrimonialização da Cultura Afrodiaspórica, no terceiro. “O Encontro apresentou-se como um espaço de debate multidisciplinar, de modo a contemplar temáticas como escravidão, passados sensíveis, sociedades pós-coloniais, descolonização, reparação, história do racismo, lugares de memórias negras e culturas afrodiaspóricas”, afirma Gegê Leme Joseph, representante da Museums for Change que assina o texto do editorial da revista.

Entre os autores estão especialistas e pesquisadores das universidades Brown University e Rutgers University, nos Estados Unidos, e das brasileiras Universidade Federal Fluminense, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Unirio – Universidade Federal do Estado do Rio, Universidade Federal de Juiz de Fora, Universidade Federal de Minas Gerais e Universidade Federal da Bahia. Alguns artigos são assinados por lideranças de legados afrodiaspóricos como o jongo, o congado, o candomblé e uma comunidade quilombola.

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