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Esse Rio é Meu: em Santa Cruz, estudantes elaboram Mapa de Risco de Inundação em torno do Conjunto João XXIII, por meio do geoprocessamento

Professor e Geógrafo, Roberto Farias está à frente da proposta.

Por Marcus Tavares

Os estudantes da turma 1805 do Ginásio  Educacional Tecnológico (GET) Liberdade, em Santa Cruz, estão aprendendo a usar a tecnologia para elaborar e interpretar dados geográficos, através do geoprocessamento. Nas aulas de Projeto Integrador do professor Roberto Farias, eles estão utilizando diferentes dados para produzir o Mapa de Risco de Inundação em torno da escola,  do Conjunto João XXIII, localizado em Santa Cruz.

“Com base nos mapas baixados do site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de geomorfologia, vegetação, geologia e pedologia da área de estudo, e de declividade, extraído do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), cruzamos as informações, sobrepondo os mapas (ou camadas), e, considerando os respectivos pesos de cada um deles, produzimos o mapa de risco de inundação”, explica o professor.

A atividade está ligada ao programa Esse Rio é Meu, que vem sendo desenvolvido na escola desde o ano letivo de 2023. O programa Esse Rio é Meu é desenvolvido em conjunto pela Secretaria Municipal de Educação e pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Prefeitura do Rio, em parceria com a oscip planetapontocom e a concessionária Águas do Rio – patrocinadora do programa. O objetivo do programa é engajar escolas na recuperação e preservação dos rios. Cada grupo de escolas da rede pública de ensino do Rio ficou responsável por desenvolver ações em torno de um dos corpos hídricos da cidade. O GET Liberdade vem trabalhando com o Canal do Guandu.

De acordo com Roberto, Geógrafo e professor de Geografia há 25 anos da rede pública, os estudantes vêm aprendendo com o trabalho o quanto o fator humano pode contribuir também para a elevação do risco de inundação da região. “Ao sobrepor os dados da característica da região, verificamos que o risco de inundação é alto/altíssimo. E isso pode ser agravado, por exemplo, com o descarte de lixo nos rios, a falta de limpeza e dragagem. É muito gratificante essa percepção entre os estudantes que acabam compartilhando os achados e a importância da preservação dos rios”, comemora.

Da sala de aula do Ensino Fundamental para o mestrado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). A experiência que vem sendo realizada na escola é objeto de pesquisa do professor no Programa de Pós-Graduação em Geografia. Sob o título inicial ‘Educação Ambiental: o caso da Planície de Inundação do Canal do Gandu’, Roberto deseja entender a percepção que os estudantes têm sobre os problemas ambientais na área de estudo.

“Tem sido gratificante trabalhar e aprender com os estudantes em sala de aula e, ao mesmo tempo, poder desenvolver essa pesquisa junto à universidade. Creio que o resultado será bem interessante tanto para a academia quanto para o universo do Ensino Fundamental”, destaca.

Além de uma maior conscientização entre os estudantes e toda a escola, o trabalho com a aplicação do Geoprocessamento também vem promovendo a interpretação de dados, a produção textual e a revisão de conceitos do conteúdo programático estabelecidos pela BNCC.

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