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Esse Rio é Meu: reciclar para preservar é o lema da Escola Municipal Cláudio Ignácio de Oliveira

Redescobrindo o Rio Irajá.

Por Marcus Tavares

Reciclar para preservar.  A turma do 4º ano da Escola Municipal Cláudio Ignácio de Oliveira, localizada no Irajá, Zona Norte do Rio, vem aprendendo que a reciclagem pode ser uma solução criativa e em conta para contribuir com a preservação e recuperação dos rios da cidade. Ao participarem, desde o início do ano, do Programa Esse Rio é Meu, as crianças vêm redescobrindo o rio Irajá que passa bem próximo à escola.

O programa Esse Rio é Meu é desenvolvido em conjunto pela Secretaria Municipal de Educação e pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Prefeitura do Rio, em parceria com a oscip planetapontocom e a concessionária Águas do Rio – patrocinadora do programa. O objetivo do programa é engajar escolas na recuperação e preservação dos rios. Cada grupo de escolas da rede pública de ensino do Rio ficou responsável por desenvolver ações em torno de um dos corpos hídricos da cidade.

Segundo a professora Karolyne Guerreiro, num primeiro momento, os estudantes realizaram uma pesquisa sobre a história do rio Irajá. Em seguida, confeccionaram panfletos para serem entregues no dia da visita ao rio. “A proposta era conhecer um trecho do rio e, ao mesmo tempo, conscientizar a comunidade sobre a importância da preservação’, conta Karolyne, que está há um ano na escola.

E para isso os estudantes não pouparam criatividade. No momento da confecção dos panfletos, as crianças tiveram a ideia de desenhar monstrinhos, representando a poluição dos rio. “Por meio da pesquisa inicial, que contou, inclusive, com a ajuda dos responsáveis, elas chegaram à conclusão de que, por conta da grande quantidade de lixo, não teriam nunca a chance de brincar no rio, aliás não tem nem como ver o rio. Elas falaram que o rio mais parece um esgoto. E no esgoto, segundo elas, moram os monstrinhos”, explica.

Com os panfletos e os monstrinhos, o dia da visita foi amplamente comemorado. Por meio de um revezamento, todas as 74 crianças do segmento tiveram a chance de conhecer o trecho do rio que fica próximo à escola. E lógico se surpreenderam, in loco, com a quantidade de lixo.

De volta à sala de aula, muita discussão e reflexão. “Como já havíamos trabalhado recentemente a questão da reciclagem, as turmas decidiram então confeccionar brinquedos, utilizando materiais iguais aos que visualizaram dentro do rio:  garrafas pet, caixas de papelão, caixas de leite, de remédio e tampinha de garrafa. O objetivo foi mostrar que muito do que jogamos fora pode ser reutilizado em vez de ser descartado de maneira inapropriada, principalmente no leito do rio”.

Depois do recesso do meio do ano, os estudantes agora se preparam para ir a campo novamente. Desta vez, eles estão se preparando para entrevistar a comunidade local. Querem investigar a relação histórica da comunidade com o rio e de que forma os moradores podem contribuir para a recuperação do rio Irajá. “Será uma etapa de novas descobertas que reforçarão a conscientização e apontarão caminhos”, finaliza.

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Nelson Reis
1 ano atrás

Como as visitas aos corpos hídricos despertam diferentes olhares e ideias de soluções dos problemas.

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