“Informar, esclarecer e se possível tornar a vida mais decente, justa. Educar também, embora não seja o objetivo, pode até ser”. É assim que o apresentador Zeca Camargo, do Fantástico, define a missão do programa, na palestra Tendências da mídia brasileira e internacional rumo a 2030, realizada no dia 29 de setembro, na Semana de Comunicação Social do Centro de Estudos de Pessoal Forte Duque de Caxias, no Rio.
Zeca reconhece que o programa dominical não tem a mesma audiência das décadas anteriores, quando reunia até mesmo a sua própria família em torno da televisão, mas destaca que o Fantástico ainda hoje tem grande importância na vida das pessoas. “Hoje, elas não veem tevê da mesma forma. Isso é fato. O Fantástico pode estar perdendo audiência em números, mas ainda tem a mesma capacidade de impactar, positivamente, a vida das pessoas”.
O maior exemplo, segundo Zeca, é o recente quadro Medida Certa, na qual ele e a apresentadora Renata Ceribelli tiveram que se submeter a uma reeducação alimentar. “Não fizemos este quadro para aumentar a audiência, embora isso tenha acontecido. Tínhamos por trás uma intencionalidade de impactar positivamente a vida das pessoas, fazer com que elas percebessem a importância de uma alimentação saudável. E conseguimos isso. As caminhadas que aconteceram é uma prova de como o Fantástico faz parte da vida das pessoas. Pessoas que nem assistem ao programa na tevê, mas que confiam nele. Isso é muito bacana. É uma forma de se fazer chegar às pessoas de outra maneira”, destaca.
De acordo com Zeca, a produção do Fantástico é dividida em três áreas: matérias especiais, séries, algumas terceirizadas, e reportagens sobre a atualidade. Uma equipe de 50 pessoas trabalha para por no ar um programa, a cada semana, diferente. “Somos adeptos às inovações, mas não abrimos mão do conceito de que temos o objetivo de contribuir com a sociedade. A audiência pode cair frente a programas das outras emissoras, mas seguimos com esta meta independentemente”.
Em novembro, o Fantástico vai estrear uma nova série que, a exemplo da 1901 – que acompanhou durante um ano o dia a dia de alunos da turma 1901 da Escola Municipal General Euclydes de Figueiredo –, deverá falar sobre tecnologia e educação.