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Vídeo estudantil em debate

Por Luanna Tavares

Com o intuito de tirar dúvidas de diversos professores sobre a produção de vídeo no processo educacional e de que forma realizá-la, vem aí o II Congresso Brasileiro de Produção de Vídeo Estudantil. O evento será realizado nos dias 16,17 e 18 de novembro na cidade de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Para o professor Josias Pereira, coordenador do Projeto de Extensão Produção de Vídeo Estudantil, da Universidade Federal de Pelotas, o congresso é fundamental pois reúne professores e pesquisadores em torno do tema.

Confira a entrevista concedida pelo coordenador à revistapontocom

revistapontocom – O que esperar do II Congresso Brasileiro de Produção de Vídeo Estudantil?
Josias Pereira – Esperamos que o congresso cumpra seu papel de levantar o debate sobre essa ação realizada por professores e alunos dentro do espaço escolar. Temos pesquisadores de diversos níveis analisando essa ação desde o processo de aprendizagem, a relação professor x aluno, uso de semiótica, neurociência, entre outras áreas do conhecimento. Além disso, existe o debate de como realizar essa ação dentro do espaço escolar dividindo as gravações com o conteúdo da disciplina. Algumas escolas criaram cineclubes e incentivam alunos a participarem. Mas há várias dúvidas no dia a dia. Acredito que o papel da universidade enquanto espaço de pesquisa é justamente analisar questões levantadas por professores e realizar estudos para compreender essa ação que é nova dentro do espaço escolar.

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– Quem pode participar? E como?
Josias Pereira – Podem participar do congresso professores de quaisquer níveis, desde pós-doutorado até educação infantil. Acho que essa ação é inédita, pois geralmente os congressos dão ênfase a mestrandos, doutorandos e pesquisadores. Estamos valorizando a outra ponta, quem realmente está dentro de sala de aula fazendo vídeo estudantil. É interessante que o professor da Educação Básica participe do congresso e debata com seus pares. A inscrição pode ser feita até o dia 31 de agosto. Informação no site http://videoestudantil.com.br/.

revistapontocom – Qual é a importância da produção audiovisual nas escolas?
Josias Pereira – Pesquisas de diversos níveis revelam que a produção de vídeo contribui com duas ações: uma é a relação professor e aluno e a outra é a melhora nas notas dos alunos, que iniciam a produção de vídeo. A causa? Dentre várias, aponto a autoestima. Tenho orientado algumas pesquisas de graduação e pós-graduação sobre esse tema. Uma delas, de um professor da cidade de Campo Bom, Jorge Coelho, analisou uma turma antes e depois da produção audiovisual. A pesquisa apontou como a turma melhorou suas ações.

revistapontocom – Que tipo de conhecimento o cinema pode provocar nos jovens?
Josias Pereira – O cinema é uma área do conhecimento que já nasceu com o apoio de diversas áreas, desde a tecnológica, química, física, dentre outras. Percebemos que essa ação que o cinema faz de um recorte transversal em diversas áreas continua até hoje. Destaco que na produção de vídeo estudantil duas áreas do conhecimento e especificamente duas teorias estão contribuindo para um entendimento sobre essa ação e o motivo do professor realizar vídeo dentro do espaço escolar. Uma é a semiótica, principalmente a greimasiana, que vai trabalhar a ideia da significação e como é criado no aluno o significado (subjetivo); e a outra explica melhor todas as ações docentes na produção de vídeo nas escolas: a neurociência e todas suas descobertas, pois a memória é ativada pela emoção, sendo assim fazer vídeo e mesmo ver vídeo pode contribuir dentro do espaço emocional, pois ajuda a ativar essa emoção de diversas maneiras.

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