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Conheça Zebu Mídias: infinitas possibilidades de design e sustentabilidade

Entrevista com um dos sócios fundadores, Pedro Ivo.

Por Marcus Tavares

Zebu Mídias | A natureza inspira. from Zebu Mídias Sustentáveis on Vimeo.

revistapontocom tem como uma de suas premissas a inovação e a conexão entre saberes. Neste sentido, nossa equipe entendeu que já estava mais que na hora de abrir espaço para jovens talentos expressarem seu processo criativo e suas produções na área artística. A ideia é identificar, reconhecer e compartilhar criações e experiências desta nova geração interconectada com a arte e tecnologia.

Neste sentido, nesta semana, a revistapontocom conversou com Pedro Ivo, um dos sócios fundadores da Mancha e da Zebu Mídias, uma empresa que se dispõe a trabalhar com infinitas possibilidades de design e sustentabilidade, por meio de histórias, palavras, símbolos, imagens, modelos, experiências, produtos, sistemas e negócios – de maneira integrada.

Desde a sua origem em 2010 a empresa é orientada para atender questões relacionadas ao desenvolvimento de projetos criativos e sustentáveis. Todas as proposições da empresa são feitas com base em questões específicas de contextualização e problematização, levando em consideração o ecossistema em diversos níveis: natureza, sociedade e tecnologia.

Os projetos desenvolvidos pela empresa têm como característica a inovação atrelada à sustentabilidade. Por meio de metodologias como Ecodesign, Biomimética, Design Thinking e Branding, a ZEBU se propõe a construir ideias para o mundo que são tão relevantes emocionalmente quanto funcionais.

Conheça mais:

revistapontocom – Como a Zebu Mídias surgiu? Com qual propósito?
Pedro Ivo –
A Zebu surgiu em 2010 no Rio de Janeiro, mais exatamente na PUC-Rio, durante o projeto 1006, cujo tema era sustentabilidade e o território a ser estudado era a praia. Amon e eu, que somos amigos de infância, nos reencontramos no curso de Design de Comunicação Visual e nos unimos a Rafael para desenvolver o projeto em questão. A partir de um estudo aprofundado, nós três chegamos à conclusão de que o projeto a ser desenvolvido seria a substituição das mídias convencionais e poluentes, como os flyers para divulgação de festas e eventos. Uma comunicação de segundos, impressa em papel, pode durar séculos. Os flyers são plastificados e utilizam vernizes localizados que podem ser muito persistentes no meio ambiente. A partir disso, foram desenvolvidas duas mídias: o coco impresso com carimbo térmico e intervenções em flyers e informativos já descartados, promovendo e prolongando a vida útil desses materiais. Rapidamente ficou claro que essas duas soluções não bastavam e que seria necessário construir e desenvolver essas mídias de acordo com a necessidade de cada divulgação. Assim, Amon, que estava participando da empresa Jr. da PUC-Rio, muito inspirado pelos projetos desenvolvidos lá dentro, trouxe a proposta de desenvolver uma empresa que oferecesse mídias adequadas às questões de impacto social e ambiental positivo. Assim surge a ZEBU, inspirada no besouro Rola-bosta, que tem como características utilizar as fezes de outro animal para colocar suas crias. Assim, o que era visto como o fim da vida se torna um berçário.

revistapontocom – Quais foram as inspirações para criação da Zebu?
Pedro Ivo –
Essa é a maior inspiração da ZEBU: entender que os ciclos são a regra do jogo do universo e que o fim representa mais do que tudo o início de um novo processo. A ZEBU começa a trabalhar em alguns projetos dentro da própria PUC, como a Semana do Meio Ambiente, mas o grande voo foi em 2011 quando fomos chamados para participar do evento da Associação Brasileira de Publicidade no Copacabana Palace. Durante o evento, tivemos a oportunidade de conhecer Bruno Temer, sócio fundador da antiga Fibra Design e da já encerrada Material Brasil. Bruno convidou a ZEBU para integrar um espaço que estava sendo formulado no centro do Rio de Janeiro que iria abrigar empresas de Design e criatividade com foco em questões socioambientais. Assim, em 2012, a ZEBU se instalou na antiga sede da Fibra, juntamente com o Terravixta e Zerezes, para iniciar o que alguns anos depois se tornaria a GOMA, uma associação de mais de 60 empresas que desenvolveu projetos colaborativos para os mais diversos segmentos. Com destaque para os Brindes oficiais da Copa do Mundo 2014 e a instalação da 361 Sports em Copacabana através de um Parklet e ações de comunicação. Entre 2011 e 2018, a ZEBU trabalhou em diversos projetos colaborativos das mais variadas vertentes do Design: Design de embalagem, produtos, cenografia e principalmente desenvolvimento de marcas com impacto socioambiental. Em 2016, uma das mídias da ZEBU, que é a tinta natural, foi transformada em uma Spin-off chamada Mancha, que foi incubada na Incubadora de Empresas da COPPE e hoje desenvolve produtos a partir de pigmentos vegetais para diversas vertentes.

revistapontocom – Vocês aliam em suas criações diferentes área de conhecimento. Como isso se dá na prática? Como é o processo de criação de vocês?
Pedro Ivo –
Além do Design, a ZEBU une o marketing, empreendedorismo, gestão ambiental, estratégia e comunicação para seus clientes. Nunca entregamos apenas um produto de design, queremos que esse produto esteja alinhado com a estratégia da empresa, que siga os padrões de preservação e conservação ambiental e comunique de forma clara e efetiva o que está sendo proposto. Todo processo de criação da ZEBU passa por dois pontos fundamentais: a inspiração na natureza e uma análise de diagnóstico profundo para podermos criar de forma personalizada para o cliente em questão. Não acreditamos em soluções prontas, construímos a solução junto com os clientes se baseando em princípios biomiméticos e tentando gerar impactos positivos para o cliente em termos financeiros e para o meio ambiente a partir da propagação, divulgação e implementação de boas práticas relacionadas à conservação ambiental.

revistapontocom – De que forma as tecnologias ajudam vocês neste processo de criação?
Pedro Ivo –
Utilizamos tanto tecnologias intuitivas, muito motivadas pelos cursos e vivências que passamos ao longo dos anos visitando e vivendo em retiros como a Ecovila Inkiri Piracanga, Sinal do Vale e Tibá, quanto o que existe de mais moderno em termos de programas de design, inteligência artificial para criação de imagens entre diversas técnicas para desenvolvimento de produtos.

revistapontocom – Qual é a atuação hoje da ZEBU?
Pedro Ivo –
Desde a pandemia, a ZEBU acabou se concentrando em entregas virtuais, atuando como Agência de comunicação, projetos de consultoria e soluções de design para impacto ambiental. Foi apenas no ano passado que fomos convidados para voltar a atuar como cenógrafos, mas até então trabalhamos com entregas digitais, dando destaque para a construção do enredo, nome, discurso e identidade de uma plataforma de comunicação para a BLTA (Brazilian Luxury Travelling Association), o desenvolvimento do nome, manual de boas práticas e identidade visual da Futuri – Associação de turismo regenerativo além da construção e facilitação do Conselho das Águas junto à Fundação Boticário. O Consilio das Águas consiste em uma rede engajada do eixo 4 do Movimento Viva Água que tem como objetivo desenvolver soluções em conjunto para o aumento da Resiliência da Bacia Hidrográfica da Baía de Guanabara.

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