44% não sabem que é necessária autorização do Estado para que funcione uma emissora de TV ou rádio; apenas 32% dos entrevistados sabem que é proibido aos políticos terem emissoras de rádio ou TV; 63% da população é contra a posse de emissoras de rádio ou TV por políticos; e 64% são contrários a que apresentadores de rádio e TV se candidatem a cargos públicos.
Esses são alguns resultados da pesquisa Poder e Meios de Comunicação, realizado, em setembro deste ano, pelo Data Popular e pelo Instituto Patrícia Galvão. Os dados, relativos a 50 municípios sorteados, apontou que 63% da população acredita que políticos não deveriam ser donos de emissoras de rádio e TV. Porém, cerca de 70% dos entrevistados não sabem que a Constituição proíbe tal prática, ou acreditam que seja permitida.
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Apesar da grande resistência das empresas de comunicação, a pesquisa indica a urgência do debate sobre a questão. Os dados demonstram que a maioria da população acredita que os poderes político e midiático não podem se confundir. Neste sentido, se faz premente o posicionamento do poder judiciário sobre a questão – tramita no STF, por exemplo, ação que pede a cassação das licenças de rádio e TV cujos donos sejam políticos.
“Nos debates que se seguiram (às manifestações populares),na mídia e no Congresso, sobre a reforma ou minirreforma política não houve menção, questionamentos ou ênfases sobre a propriedade de meios de comunicação por deputados e senadores. E é nesse sentido que chama atenção a visão crítica da população em relação a esse tema”, observa Jacira Melo, coordenadora do Instituto Patrícia Galvão.