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Sala de aula ou de bate papo?

Por Silvana Gontijo
Presidente do Planetapontocom

Se você usa computadores e navega na rede sabe que uma sala de bate papo tem tantas paredes quanto as nuvens. Mas se essa expressão lhe fizer lembrar uma sala de visitas, uma ante sala, um bar, uma lounge –para usar a palavra da moda – ou mesmo a sua própria sala, saberei que você, tanto quanto eu fazia há menos de 3 anos, faz ainda hoje parte dos recalcitrantes dinossauros que insistem em ignorar o mundo dos dígitos e só compreende bater papo como uma experiência do mundo dos átomos. Isso se nem celular você usar, porque até isso que era antes apenas um telefone sem fio, hoje pode transmitir mensagens de texto, som víde, foto… só falta o olfato para que todos os nossos sentidos sejam atingidos pelas diferentes mensagens. Já pensou, convidar para um almoço uma pessoa muito importante para você e antecipar esse prazer enviando os odores daquela cozinha para ir atiçando a gula. E se você pudesse ainda programar a mensagem para chegar naquela horinha da fome, tipo às 6:00 da tarde? Quem resistiria a uma isca dessa? E agora, voltando à vaca fria, o que isso tem a ver com escola, sala de aula ou mesmo com você?

Quando na década de 70 Jean Baudrillard desenvolveu suas teorias sobre a sociedade pós moderna, “(..) organizada em torno da simulação, cuja ruptura radical com as sociedades modernas tem como demiurgos os modelos, os códigos, a comunicação, as informações e a mídia.” Ele afirmava que nesse delirante circo pós-moderno, as subjetividades estariam fragmentadas e perdidas. As classes sociais, os sexos, as diferenças políticas e as diversidades culturais e religiosas implodiriam uns sobre os outros, apagando as fronteiras e as diferenças num caleidoscópio pós-moderno. Na sua visão, a hiper-realidade do mundo pós-moderno seduziria muito mais do que a realidade. Os indivíduos abandonariam o ‘deserto do real’ pelo êxtase da hiper-realidade e pelo novo reino do computador, da mídia e da tecnologia.

Uma visão inquietante sobre a sociedade do simulacro. Se na visão moderna as tecnologias eram uma extensão dos seres humanos, que as usavam para dominar e controlar a natureza, na pós modernidade as tecnologias preponderarão e que cada vez mais viveremos entre a tensão de ter os meios para acessar qualquer tipo de informação, e o medo de nos sentirmos dominados não pela tecnologia, mas pela tirania da compulsão por essas informações. Empanturrados de imagens, sons, valores e conceitos navegamos com nossas frágeis convicções, por áreas de saber muitas vezes indecifráveis e por isso mesmo ameaçadoras. Nessa tempestade de conceitos e símbolos o rumo é dado pelo canto das e-sereias emitidos por nossos PCs, lan houses, celulares enfim, essa miríade de experiências fascinantes às quais nos agarramos para evitar o naufrágio do não pertencimento.

De que cyber tribo queremos fazer parte ou ainda, queremos? Como descobrir uma rota mais segura e um processo menos angustiante? Quem vai nos ajudar na aventura do conhecimento?

A escola precisa repensar suas práticas para formar cidadãos autônomos e com as competências para avaliar criticar e discriminar o joio do trigo, nesse planetapontocom. Nossos jovens precisam ter acesso a experiências educativas que os levem a uma inserção mais crítica e participativa nesse mundo de comunicação articulada pelas tecnologias de Informação. As competências para entender as mídias, ler seletivamente o intenso fluxo das mensagens ao seu redor e atribuir valor e sentido ético e estético, são imprescindíveis para atuar com autonomia e interagir na sociedade da informação. A mídia-educação vem se transformando numa ferramenta poderosa, para ajudar docentes e gestores a recriar seus ambientes de aprendizagem, metodologias e atitudes. Para isso é preciso, antes de mais nada, querer mudar.

Se você quiser, bem vindo ao nosso mundo, oooppps ao nosso planeta. Use abuse e conheça várias experiências que estão transformando a sala de aula. Venha bater um papo conosco.

www.planetapontocom.org.br

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