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Mercado audiovisual no Brasil

Com informações da Tela Viva News

A indústria de cinema e televisão no Brasil vai muito bem, obrigado. Pelo menos é o que aponta a pesquisa O Impacto Econômico do Setor Audiovisual Brasileiro, lançada no dia 7 de outubro, no RioMarket 2016, durante a realização do Festival de Cinema do Rio. O estudo mostra que o setor injeta diretamente, e em valores atualizados, R$ 23 bilhões por ano na economia brasileira. O montante equivale a 0,38% do Produto Interno Bruto do Brasil.

Em 2014, a área foi responsável pela criação de 168,8 mil empregos diretos e 327,4 mil indiretos. Em 2012, o setor gerava 110 mil e 119 mil vagas, respectivamente. E mais, para cada emprego criado no setor de audiovisual 1,94 empregos são gerados em outros setores da economia, colocando o audiovisual como um setor altamente demandável por outros da economia (4oº lugar entre os 33o setores de serviço da Matriz Insumo-Produto (MIP) do IBGE.)

A pesquisa foi realizada a partir de dados do IBGE e da própria indústria — que, além da produção de conteúdo, engloba a distribuição e exibição em diversos meios, como salas de cinema e festivais; TV aberta e paga, vídeo sob demanda e a venda e locação em mídia física etc. Segundo o estudo, a arrecadação direta de tributos foi de R$ 2,7 bilhões corrigidos em julho de 2016. Em 2014, o audiovisual gerou uma massa salarial de R$ 7,2 bilhões (alta de 58% em relação a 2007).

A radiografia foi elaborada pela Consultoria Tendências por encomenda da Motion Picture Association na América Latina (MPA-AL) e apoio do Sindicato da Indústria do Audiovisual (Sicav).

Consumo

Entre 2013 e 2015, verificou-se elevação do número de ingressos de cinema vendidos no país (de 149,5 milhões para 173 milhões de ingressos no período). No mesmo intervalo, o número de salas de exibição aumentou 12,2%, passando de 2.679 salas para 3.005 salas.

O percentual de salas capazes de reproduzir conteúdo digital apresentou significativa elevação, passando de 31,1% do total de salas em 2012, para 95,7% do total de salas no primeiro trimestre de 2016.

Apesar dessa evolução, o acesso ao cinema no Brasil continua limitado. Em 2015, 93,2 milhões de pessoas não possuíam acesso ao cinema no município de residência – número que representa cerca de 46% da população brasileira. Destaca-se que, apesar do percentual ainda elevado, houve uma melhora nos últimos anos, sendo que em 2012, a população sem acesso a salas de exibição nos municípios de residência correspondia a mais da metade do total (51,6%).

VoD e pirataria

O estudo também abordou o impacto do vídeo on-demand (VoD) no mercado audiovisual. O Brasil é o 8º mercado de VoD do mundo (faturando quase 500% a mais de cinco anos para cá), com receitas estimadas em US$ 352,3 milhões em 2016. É ainda o maior mercado latino-americano de VoD, praticamente duas vezes maior do que o do México e quase três vezes o mercado argentino em termos de receitas (estimadas em US$ 188,4 milhões e US$ 124,8 milhões em 2016, respectivamente).

Se o VoD é uma das soluções para coibir a pirataria, o consumo ilegal de conteúdo audiovisual ainda é enorme. O estudo aponta que existem mais de 400 websites de pirataria audiovisual voltados para o mercado brasileiro, entre os quais 57 recebem mais de um milhão de visitas mensais, oferecendo mais de 13 mil títulos nacionais e estrangeiros. Entre dezembro de 2015 e maio de 2016, estes sites receberam 1,7 bilhão de visitas.

A Tendência menciona pesquisa da Ipsos e Oxford Economics (2011), que mensurou os impactos para a economia brasileira, estimando que as perdas no PIB sejam de R$ 3,5 bilhões. Do ponto de vista do trabalhador, a pirataria resulta na perda de 92 mil empregos formais.

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