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Indígena Ailton Krenak reflete sobre o coronavírus em ebook gratuito

‘O amanhã não está à venda’ é um compilado de recentes entrevistas da liderança indígena e aborda como a sociedade se divorciou da natureza e não a reconhece como um organismo vivo

Revista Educação/Laura Rachid – 18/04/2020

Ailton Krenak é uma das principais lideranças indígenas e acaba de lançar, junto à editora Companhia das Letras, o ebook gratuito O amanhã não está à venda, em que reflete sobre o novo coronavírus no Brasil e mundo. O destaque está para a forma de vida à qual a sociedade capitalista valoriza e que Ailton alerta ser insustentável, uma vez que não se respeita o organismo vivo que é a Terra, seus recursos naturais e o próprio ser humano, com ênfase para os povos tradicionais.

“Nós, a humanidade, vamos viver em ambientes artificiais produzidos pelas grandes corporações, que são os donos da grana. Agora esse organismo, o vírus, parece ter se cansado da gente, parece querer se divorciar da gente como a humanidade quis se divorciar da natureza”, afirma o indígena em um trecho do ebook.

Contudo, ele espera que a sociedade pós-coronavírus entenda que não é possível voltar à “normalidade” de devastar o planeta e priorizar o dinheiro. A obra é fruto do compilado de entrevistas recentes de Ailton para três veículos, uma para o Estado de Minas, sob o título O modo de funcionamento da humanidade entrou em crise, outra para O Globo em Voltar ao normal seria como se converter ao negacionismo e aceitar que a Terra é plana e também ao jornal português Expresso, que tem como título Não sou um pregador do apocalipse. Contra essa pandemia é preciso ter cuidado e depois coragem.

No site da Amazon é possível baixar o ebook gratuito O amanhã não está à venda (clique aqui)

Quebrador de paradigmas

Krenak nasceu na região mineira do Vale do Rio Doce, a mesma que, em 2015, foi atingida pelo rompimento da Barragem do Fundão, da mineradora Samarco/Vale/BHPBilliton. Sem dúvida, Ailton ganhou destaque ao exigir, em setembro de 1987, na Assembleia Nacional Constituinte, dignidade aos povos indígenas e um basta à violência contra aqueles que são os primeiros brasileiros.

A saber, o seu recente livro, Ideias para adiar o fim do mundo (ed. Companhia das Letras) já é best-seller e ficou em terceiro lugar entre os mais vendidos na 17ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), em 2019.

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