Com informações do G1
O laboratório Comunidades Virtuais, da Universidade do Estado da Bahia, foi apontado como o primeiro no ranking de desenvolvedores de games entre as universidades do Brasil. A informação é do “Mapeamento da Indústria Brasileira e Global de Jogos Digitais”, estudo financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Conheça os jogos já criados pelo laboratório
Para além dos números, o grupo, criado em 2005, nasceu de uma demanda da sociedade, a partir dos questionamentos de pais e professores de alunos da rede municipal de ensino de Salvador. Na época, com o crescimento do mercado de games, a dúvida dos pais era se os jogos com cenas de violência influenciavam na personalidade das crianças e adolescentes.
Para tentar responder ao mito que seria superado nos anos seguintes, a professora Lynn Alves começou a investigar o fenômeno da inserção dos computadores nas escolas, naquilo que mais tarde viraria um doutorado para estudar os games e, na sequência, se transformaria no grupo que hoje, além de formar profissionais para o mercado com um curso de pós-graduação, desenvolve jogos para empresas e games educativos, para auxíliar no aprendizado nas escolas.
“Quando você fala que faz jogos para cenários escolares, os adolescentes e as crianças reagem, porque eles acham que é algo tosco, enfadonho, chato. E muitas vezes é. A grande preocupação do Comunidades é encontrar uma lógica nos jogos para educação que se aproxime da lógica dos jogos comerciais. Esse tipo de jogo também deve ser funny, o objetivo também é entreter”, explica Alves.
Números
O Brasil, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Games (Abragames), detém o quarto mercado consumidor de jogos digitais no mundo. Em cifras, estima-se que cerca de R$ 900 milhões sejam gerados com a indústria, apenas em 2015.
Se há muito consumo, há também a necessidade de profissionais que desenvolvam os jogos. Neste quesito, apesar de já possuir mais de 130 empresas do ramo, de acordo com relatório do BNDES, o país é considerado um novo mercado produtor.
Na Bahia, principalmente, os entraves se concentram na pouca oferta de cursos e capacitação dos profissionais, e também no mercado consumidor local, que aos poucos ainda entende o potencial dos games, seja para a indústria do entretenimento, seja para áreas como a publicidade, por exemplo.