Você sabe quem são os cientistas brasileiros? O Grupo de Pesquisa em Ensino de Ciências Naturais (Encina), do Instituto do Noroeste Fluminense de Educação Superior (Infes/UFF), localizado em Santo Antônio de Pádua, criou o jogo “Tapa Esperto – Cientistas do Brasil”.
O material didático reúne 26 cartas com fotos de cientistas mulheres e 24 cientistas homens. Também há 50 cartas com informações sobre a vida e obra destes pesquisadores, além de quatro varetas em formato de mão, com ventosa. Em cada rodada, o mediador (professor) lê uma carta com as informações sobre um cientista. Os jogadores devem identificar, dentre as cartas distribuídas sobre a mesa, a carta do cientista a que se referem as informações lidas e tentar pegá-la “no tapa”, isto é, usando a vareta em formato de mão. O Tapa Esperto pode ser jogado por até quatro pessoas ou em equipe.
Entre os cientistas destacados nas cartas estão figuras icônicas, como a primeira mulher negra a se formar engenheira no Brasil, Enedina Alves; a biomédica Jaqueline Goes de Jesus, que coordenou a equipe que sequenciou o genoma do coronavírus, o educador Paulo Freire, o astrônomo Marcelo Gleiser, o físico e divulgador científico Ildeu Moreira de Castro, a escritora Conceição Evaristo, a botânica Graziela Barroso, a zoóloga e expoente na luta pelos direitos políticos femininos Bertha Lutz, e a primeira mulher negra doutora em Física no Brasil e primeira negra a lecionar no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Sonia Guimarães.
“Os cientistas, muitas vezes, são retratados como homens brancos, de meia idade e jaleco, solitários em um laboratório. Essa visão estereotipada nos é apresentada na infância por meio de desenhos animados e permanece até a vida adulta, em novelas e filmes. O jogo apresenta cartas com informações sobre cientistas brasileiros, incluindo mulheres, indígenas, negros e pessoas com deficiência, buscando aproximar os jovens das carreiras científicas e da noção de diversidade na ciência”, explica o professor Jean Carlos Miranda, coordenador do do Encina, ao portal da Faperj.
O jogo pode ser utilizado como ferramenta didática por qualquer educador interessado. Com o objetivo de popularizar o conhecimento sobre a vida e a obra dos cientistas presentes no jogo, foi criado o perfil @cientistas.br. As cartas que compõem o jogo didático estão disponíveis no artigo publicado no periódico Arquivos do MUDI. As atividades realizadas no projeto podem ser conferidas no site: https://acienciapedepassagem.uff.br.