Quem foi que disse que as tecnologias obsoletas não podem ter um destino mais orginal e, ao mesmo tempo, servir para uma reflexão humana sobre a relação entre homem e máquina? O artista plástico britânico Nick Gentry topou o desafio e descobriu, por meio de suas telas, um novo uso para antigos objetos para armazenamento de dados, como disquetes, fitas de vídeo e fitas cassetes. Gentry construiu faces imaginárias e identidades que podem ter ligação com informações pessoais armazenadas nos objetos, hoje, considerados ultrapassados.
No mundo em que o lixo eletrônico cresce a cada dia, o artista deseja encorajar as pessoas a pensarem de maneira mais criativa na obsolescência dos objetos. “Filmes favoritos, álbuns, jogos e até gravações pessoais – todos eram armazenados neles. O mundo inteiro dependia totalmente destes formatos físicos de mídia. Agora, de repente, nós passamos por um momento em que eles são obsoletos, foram substituídos por inúmeros arquivos intangíveis de dados”, destaca.
As telas já percorreram galerias da Inglaterra e dos Estados Unidos. No site do artista, ele pede aos internautas que enviem discos antigos, disquetes, fitas VHS ou qualquer outro tipo de lixo eletrônico. “Talvez, seu material poderá estar em uma galeria em vez de um aterro sanitário”, finaliza.
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