O Vídeo nas Aldeias acaba de lançar a coleção Cineastas Indígenas para Jovens e Crianças, um livro-vídeo para estudantes do Ensino Fundamental de todo país. Patrocinada pela “Convenção sobre a proteção e promoção da diversidade das expressões culturais”, da Unesco, a publicação traz um livro e uma seleção de seis filmes com temáticas voltadas para o público infanto-juvenil – realizados junto aos povos Wajãpi, Ikpeng, Panará, Ashaninka, Mbya-Guarani e Kisêdjê.
O livro está dividido em três partes. A primeira é dedicada a um breve olhar e discussão sobre os povos indígenas no Brasil; a segunda apresenta os grupos indígenas retratados nos filmes; e, na terceira parte, criamos uma série de jogos inspirados no universo indígena para crianças. Acesse o livro aqui.
A coletânea dos filmes reúne títulos consagrados nacional e internacionalmente como a vídeo carta “Das crianças Ikpeng para o mundo”, dos Ikpeng, e “Depois do ovo, a guerra”, dos Panará, assim como dois filmes inéditos, o “Mbya Mirim”, dos Mbya-Guarani e “No tempo do verão”, dos Ashaninka. “Akukusiã, o dono da caça”, dos Wajãpi, e “A história do monstro Khátpy”, dos Kisêdjê, completam a coleção. Acesse os filmes aqui.
Leia aqui a entrevista com Vincent Carelli, coordenador do Vídeo nas Aldeias
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“Acreditamos que, valorizando a diversidade, contribuímos para uma reflexão universal sobre as dificuldades que o planeta e seus habitantes enfrentam na atualidade, com o crescimento populacional, o aquecimento global, o esgotamento da água potável e seus recursos naturais. Cada vez mais, temos que aprender a conviver com os diferentes povos do planeta e sua crescente proximidade, pois, todos, aqui, não somos apenas vizinhos, mas dividimos a mesma casa”, destaca trecho da publicação
História
O projeto Vídeo nas Aldeias surgiu em 1987, com o objetivo de apoiar as lutas dos povos indígenas para fortalecer suas identidades e patrimônios territoriais e culturais, por meio de recursos audiovisuais e de uma produção compartilhada com os próprios povos. De lá para cá, o programa cresceu e hoje conta com um acervo de aproximadamente 70 filmes produzidos pelos índios, por meio de oficinas oferecidas pelo projeto nas 30 aldeias em que trabalha.