Geraldo é muito mais do que um editor com olhos voltados para o novo, com forte intuição e senso de qualidade, que são características necessárias na Literatura. Ele é antes de tudo um homem com forte senso altruísta. Eu o conheci em 1986, no Jardim Botânico, desenvolvendo trabalho social numa época em que as pessoas e os empresários não se interessavam muito por isso. A partir daí fiquei impressionada com a força de vontade dele e o seu poder em transformar a realidade.
Geraldo foi um dos fundadores, bem na semente, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. Pois participou do grupo de amigos no Jardim Botânico, que inspirou o surgimento da Fundação.
Não tive tanta intimidade com ele, mas para mim Geraldo foi de uma magnitude muito grande para o mercado editorial brasileiro, pois deu exemplo amplamente claro da importância do curioso, do novo, da intuição em trabalhos como esse de editor. Nas feiras internacionais, nas quais ele estava presente, pude verificar que suas escolhas sempre eram para obras poucas conhecidas, mas que traziam bom conteúdo literário. Acredito que essas sejam qualidades necessárias em trabalho desse tipo e Geraldo sabia fazer isso muito bem.
Elizabeth Serra – Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil