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Transmissão cidadã

Durante a Copa do Mundo, portadores de deficiências visuais têm acesso a transmissões audiodescritivas.

Com informações da Gazeta Esportiva

Você sabia que desde a partida de estreia entre Brasil e Croácia, os estádios de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte têm transmissões de rádios desenvolvidas especialmente para torcedores portadores de deficiência visual? Feita por voluntários do torneio, a locução é diferente das rádios tradicionais, pois é mais descritiva.

A transmissão do jogo de abertura foi realizada por uma equipe de três pessoas, com os narradores Natália Caldeira e André Varanda e o produtor Gabriel Mayr, que explicam como funciona a descrição. “Damos todas as informações do estádio. Nas outras rádios, por exemplo, o grito de gol do narrador é mais longo. Aqui, nós informamos que foi gol e detalhamos a comemoração, dizendo que o Neymar marcou e foi comemorar com a torcida, enquanto o Hulk correu para ganhar um abraço do Felipão. Contamos sobre o que acontece nas arquibancadas e explicamos por que os torcedores estão vaiando”.

Os voluntários não são necessariamente profissionais de rádio, mas receberam um treinamento específico para a função, inclusive em partidas dos campeonatos locais. “Não é (um estilo) tão opinativo, mas sim descritivo. Depois, se quiser ir para uma rádio saber a opinião dos comentaristas, o torcedor vai ouvir. Nós podemos dizer até que o Neymar errou dez passes, mas não que está jogando mal”, declarou.

Produtor no jogo de São Paulo, Mayr será o narrador em partidas no Rio de Janeiro. No projeto, duas pessoas se revezam transmitindo o mesmo duelo. A ideia não é descrever apenas o que acontece no campo, mas também nas arquibancadas. Para propagar o serviço, que começou a ser utilizado em jogos de campeonatos europeus, a Fifa enviou mensagem para torcedores que adquiriram ingressos, avisando sobre a disponibilidade.

Com início dez minutos antes das partidas, as transmissões da rádio são feitas para os portadores de deficiência visual que estão nas arquibancadas, nas seguintes frequências: Belo Horizonte (103,3 FM), Brasília (98,3 FM), Rio de Janeiro (88,9 FM) e São Paulo (88,7 FM).

A iniciativa é uma parceria entre a Fifa, que comprou e irá doar os equipamentos e manterá a audiodescrição por mais um tempo no Brasil, o Centro de Acesso de Futebol na Europa (Cafe), instituição que idealizou o serviço e fez o treinamento dos 16 voluntários brasileiros envolvidos no projeto, e a ONG Urece Esporte e Cultura, situada no Rio de Janeiro, e que desenvolve trabalhos com deficientes visuais.

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