Por Marcus Tavares
Começa nesta quinta-feira, dia 19 de setembro, a 11ª edição do Festival Internacional Intercâmbio de Linguagens, que estará em cartaz, no Rio, até o dia 29 do mesmo mês. Trata-se de um evento que reúne diferentes artistas e linguagens de vários cantos do mundo com o objetivo de instigar, encantar e provocar. “Do bebê ao idoso”, completa a autora, atriz e diretora Karen Acioly, coordenadora e idealizadora do festival.
Em entrevista à revistapontocom, Karen explica que o encontro, ao longo dos anos, vem proporcionando a descoberta de novas composições de linguagens, conexões e parcerias. “Como o público cresceu e, como acompanhamos esse público, temos espaço também para as coisas que ainda não têm nome, como é o caso do skate misturado ao cinema, no Push in FIL ou o caso da Mostra de óperas infantis, inédita até então em nosso país”, destaca.
Confira a programação na página do FIL no facebook
Acompanhe a entrevista:
revistapontocom – O que é exatamente o Festival Internacional Intercâmbio de Linguagens?
Karen Accioly – O FIL nasceu da vontade de abrir as janelas do imaginário, criando pontes com mundos desconhecidos. Percebi que não havia, em nossa cidade, um pólo convergente de fomento à criação artística e à difusão das artes “harmonizadas”. Tive a vontade, então, de criar esse ‘lugar”, que pudesse entender a importância de estimular o imaginário em qualquer lugar onde ele quisesse se manifestar e pra todo o mundo, unindo públicos e criando pontos de contato entre culturas tão diferentes. Chegamos à edição deste ano, apresentando 22 espetáculos, sete mostras, duas exposições, além das atividades formativas. Mas mais importante do que o número de atrações em si, é como essas atrações serão desenvolvidas. O FIL é um festival multidisciplinar, de acolhimento e transbordamento.
revistapontocom – Então o FIL pretende promover a integração e criatividade?
Karen Accioly – Sim. A ideia é unir e potencializar processos criativos que normalmente não têm espaço para se desenvolver. A proposta é sensibilizar, formar massa crítica e inventiva. Oferecer um cardápio variado para isso e para todos os públicos, do bebê ao avô. A meta é possibilitar que o público entre em contato com as suas emoções e sensações para potencializar o contato com o outro.
revistapontocom – O FIL então está intimamente ligado ao cenário contemporâneo midiático e colaborativo em que vivemos hoje?
Karen Accioly – No FIL, você pode estar em contato tanto com a cultura tradicional quanto com os dispositivos mais avançados da nova tecnologia. Veja por exemplo a programação deste ano: temos desde o Luiz Carlos Vasconcellos, com o seu tão genial e tradicional palhaço Xuxu ao teatro digital com dança escalada do espetáculo Suspend’s. Como o público cresceu e, como acompanhamos esse público, temos espaço também para as coisas que ainda não têm nome, como é o caso do skate misturado ao cinema, no Push in FIL ou o caso da Mostra de óperas infantis, inédita até então em nosso país.
revistapontocom – O que o Festival pode proporcionar às crianças e jovens?
Karen Accioly – Um convite a entrar em diversos mundos e viver muitas aventuras. Desde as mais arriscadas às mais suaves experiências. O FIL tem espetáculos sutilíssimos, profundamente tocantes e outros tão grandes e fascinantes. O FIL pode proporcionar novas curiosidades e muitas descobertas.
revistapontocom – Quais os destaques da edição deste ano?
Karen Accioly – O FIL é quase matemático; “o todo sem a parte não é todo”, mas cada parte tem seu charme. Para que não se diga que estou fugindo da pergunta, faço um exercício aqui: se você tem uma família com um bebê , dois filhos de 5 e de 14 anos, pais e um avô, diria que há programação para todo mundo. Para o bebê, por exemplo: Songs from above (Dinamarca), Flots (Quebec), Meu jardim (Brasil), A Bailarina (Brasil), Edredon (Quebec), Wind (Dinamarca), só para citar alguns. Para o filho de cinco anos: Silêncio total vem chegando o palhaço, Sienta la cabeza (Espanha), Pequena coleção de todas as coisas (RJ/BR) , Mozart Moments, A princesa e o herói (SP/BR), Mostra Comkids. Para o adolescente de 14: Push in FIL (RJ/BR), Mostra FIL novas bandas, Mostra FIL de circo, Mostra Fina, Sozinha na minha pele de asno, mostra Rafucko. Já para os pais: todas acima (acompanhando os filhos) e mais: Post (FR), Suspend’s (FR), Sozinha na minha pele de asno (FR), Expo Infâncias, mesas-redondas, Expo minorias, Vagabundo. Para os avós: Expo Infâncias, Mozart moments, Suspend’s, Silêncio total, vem chegando o palhaço, Sienta la cabeza, Vagabundo. Dica: conheça e vá também no que você nunca conheceu ou viu! Essa é a ideia principal do FIL.