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Liberdade de expressão ameaçada

Levantamento da Unesco indica que as tecnologias empoderam a sociedade, mas vive-se um crescente controle dos conteúdos.

As novas tecnologias têm empoderado indivíduos com oportunidades sem precedentes de acesso, produção e compartilhamento de conteúdos de mídia, por meio de múltiplas plataformas. Não há dúvidas quanto a isso, Mas o relatório World Trends in Freedom of Expression and Media Development adverte que o crescente controle de conteúdos online, realizado por intermediários da internet, como os mecanismos de busca e as redes de mídia social, ameaça a transparência do fluxo livre de informação e causa preocupações sobre a “privatização da censura”. O estudo, produzido pela Unesco e por um grupo consultivo composto por 27 especialistas internacionais, pede apoio à liberdade de expressão e mais especificamente à imprensa.

Veja o estudo na íntegra (em inglês)

“A liberdade de expressão é essencial para a dignidade, o diálogo, a democracia e o desenvolvimento sustentável”, disse Irina Bokova, diretora-geral da Unesco. “Nós devemos agir de forma realista – fortalecer marcos legislativos nacionais, treinar jornalistas, capacitar e avançar na alfabetização midiática e informacional. Devemos continuar a apoiar a independência da mídia, promovendo padrões profissionais e a autorregulação”, acrescentou ela.

O relatório analisa a liberdade de expressão dos países em quatro dimensões: liberdade, pluralismo, independência e segurança de jornalistas. Segundo o estudo, o progresso em direção a uma maior liberdade da mídia perdeu sua força em algumas regiões que sofreram transições políticas, e leis relativas à liberdade de imprensa nem sempre têm sido efetivamente implementadas. A censura direta e a autocensura continuam sendo os desafios dos jornalistas de todo o mundo.

Apesar da contínua dominância econômica de várias empresas, tanto na mídia tradicional quanto na mídia online, a vasta expansão de fontes de informação e plataformas tem impactado positivamente o pluralismo da mídia. O relatório também descobriu que a propaganda governamental ou pública continua a afetar o jornalismo independente. Ao mesmo tempo, novos modelos de negócios levam ao surgimento de organizações jornalísticas independentes, como grupos de jornalismo investigativo sem fins lucrativos.

A conscientização internacional sobre a importância da segurança de jornalistas tem aumentado significativamente nos últimos seis anos, devido em grande parte à implementação do Plano de Ação das Nações Unidas sobre Segurança de Jornalistas e a Questão de Impunidade. No entanto, o número de assassinatos de jornalistas também continua aumentando.

Conforme os dados da Unesco, 430 jornalistas foram assassinados entre 2007 e 2012, incluindo 23 mulheres; estas ainda enfrentam formas crescentes de intimidação e perseguição, incluindo abusos sexuais. Apesar de as zonas de conflitos continuarem sendo os lugares mais perigosos para jornalistas, entre 2007 e 2011 mais profissionais de mídia foram mortos fora dessas áreas, e a impunidade desses crimes continua sendo a regra, como revela o levantamento. Em maio, serão publicadas seções regionais adicionais a cada um dos quatro capítulos temáticos, como anexos online do relatório.

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