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Internautas que baixam arquivos gastam mais com música

As iniciativas das gravadoras europeias, apoiando leis que pretendem cortar a conexão de internautas que baixem músicas pela web sem autorização, podem ser mais um tiro no pé da indústria mais atingida pela facilidade de compartilhamento de produtos culturais proporcionada pela grande rede. Essa é a conclusão de um estudo inglês que sugere que as pessoas que baixam arquivos ilegalmente da internet são as que gastam mais dinheiro com música.

A pesquisa, feita pelo instituto Ipsos Mori e divulgada pelo jornal The Independent, revela que quem admite baixar música ilegalmente gasta em média £77 (R$ 222) por ano em música, £33 (R$ 95) a mais que os que garantem nunca ter se associado a essa prática. Os pesquisadores ouviram mil internautas entre 16 e 50 anos, dos quais 10% admitiram baixar música sem autorização dos detentores dos direitos autorais.

O Secretário de Estado para Negócios do Reino Unido, Peter Mandelson, quer reprimir o download ilegal com uma lei que prevê o corte de conexão de usuários que forem pego três vezes baixando arquivos protegidos. O projeto, conhecido como “Lei dos Três Golpes”, já foi sugerido na França, mas o Supremo Tribunal Federal do país complicou a vida dos legisladores favoráveis ao definir acesso à internet como um direito humano fundamental.

“Essa abordagem do governo não irá ajudar a recuperar a indústria fonográfica em crise. Políticos e gravadoras precisam reconhecer que a natureza do consumo da música mudou e as pessoas hoje exigem preços mais baixos e acesso mais fácil”, disse Peter Bradwell, da Demos, empresa que encomendou a pesquisa realizada pelo Ipsos Mori.

A pesquisa aponta que 61% dos internautas parariam de baixar música ilegalmente sob o risco de perder sua conexão à web. Mas nas entrelinhas, indica que essas são as pessoas interessadas em pesquisar sobre música e conhecer bandas novas. Ampliando as conclusões do estudo, elas teriam também importante papel na divulgação de novos artistas no boca-a-boca virtual (e real).

O estudo completo pode ser lido neste link (em inglês)
http://www.demos.co.uk/files/DemosMusicsurvey.ppt

Fonte – Jornal O Globo

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