Crianças e jovens escolhem o herói da década

Quem é o herói dos direitos da criança da década? A resposta será dada este ano, no dia 20 de novembro, pelas próprias crianças, aproximadamente 23 milhões de estudantes, de 52 mil escolas de 99 países, por meio de uma votação mundial. A iniciativa é do Prêmio das Crianças do Mundo pelos Direitos da Criança, criado pela associação sueca Childrens World, que completa dez anos de existência. A votação vai até o dia 25 de outubro.

Os indicados são os premiados dos nove anos anteriores, como Nelson Mandela, eleito em 2005, e a adolescente Somaly Mam, do Camboja, eleita em 2008. O objetivo da votação é fortalecer a voz de crianças e adolescentes, além de promover seus direitos e o intercâmbio humanitário de diferentes culturas. Para apoiar a iniciativa, as TVs Cultura e Rá Tim Bum estão veiculando, na grade da programação, vídeos sobre o prêmio e sobre os 13 indicados.  Assista aos vídeos

No Brasil, já participam da eleição cerca de 130 mil crianças e adolescentes. Os interessados em participar devem ter entre 10 e 17 anos. Para votar é preciso que a escola das crianças e jovens cadastre-se no site da instituição.

Confira os indicados à Herói da Década

– Iqbal Masih, Paquistão (póstumo)
Iqbal foi uma criança escrava por dívida de uma fábrica de tapetes. Quando ele foi libertado, lutou pelos direitos das crianças escravas por dívida. Iqbal foi assassinado no dia 16 de Abril de 1995.

– Asfaw Yemiru, Etiópia
Asfaw era uma criança de rua aos 9 anos. Aos 14 anos, abriu sua primeira escola para crianças de rua debaixo de uma árvore de carvalho. Desde então, ele devota sua vida há quase 50 anos para oferecer às crianças mais vulneráveis da Etiópia uma chance de ir à escola.

– Nkosi Johnson, África do Sul (póstumo)
Nkosi nasceu com HIV. Ele lutou pelos direitos das crianças que sofrem com o HIV/AIDS até sua morte aos 12 anos de idade.

– Maiti Nepal
Maiti luta contra o tráfico de meninas pobres do Nepal para a Índia, onde elas são forçadas a trabalhar como escravas sexuais em bordéis, e que reabilita meninas vítimas deste tráfico.

– Maggy Barankitse, Burundi
Maggy salvou dezenas de milhares de crianças órfãs da guerra que devastou o Burundi, e ofereceu a elas um lar, amor e acesso à escola, nos últimos 15 anos.

– James Aguer, Sudão
James libertou milhares de crianças sequestradas e vítimas do trabalho escravo no Sudão nos últimos 20 anos.  James já foi preso 33 vezes e quatro de seus colegas foram assassinados.

– Prateep Ungsongtham Hata, Tailândia
Prateep foi uma criança trabalhadora aos 10 anos. Desde que abriu sua primeira escola aos 16 anos, ela se dedica há quase 40 anos à luta para oferecer às crianças mais necessitadas a chance de ir à escola.

– Dunga Mothers, Quênia
Vinte mães no Quênia lutam há 12 anos pelos direitos das crianças órfãs da AIDS de frequentarem a escola, terem uma casa, alimentação, amor e seus próprios direitos respeitados.

– Nelson Mandela, África do Sul / Graça Machel, Moçambique
Mandela pela sua vida de luta pelos direitos iguais para todas as crianças da África do Sul e seu trabalho em defesa dos direitos das crianças. Machel pelos seus 25 anos de luta pelos direitos das crianças vulneráveis de Moçambique, em especial pelos direitos das meninas.

– Craig Kielburger, Canadá
Craig fundou a organização “Free the Children” aos 12 anos. Ele luta pelo direito das crianças e adolescentes de serem ouvidos e para libertar crianças da pobreza e de violações aos seus direitos.

– AOCM, Ruanda
AOCM reúne 6000 pessoas órfãs vítimas do genocídio em Ruanda, que ajudam umas as outras a sobreviver, compartilhando comida, roupas, educação, um lar, cuidados com a saúde e amor.

– Betty Makoni, Zimbabwe
Por meio da Girl Child Network, Betty encoraja meninas à reinvidicarem seus direitos, apóia aquelas expostas ao abuso e protege outras do casamento forçado, do tráfico e da exploração sexual.

– Somaly Mam, Camboja
Somaly, que após ter sido uma escrava sexual quando criança se dedica há 13 anos a libertar meninas da escravidão sexual, e oferece à elas reabilitação e educação. Ela foi punida pelo trabalho que realiza quando sua filha de 14 anos foi seqüestrada, drogada, estuprada e vendida para um bordel.

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