Carrossel

Remake infantil do SBT aposta na família para atrair anunciante e elevar audiência no horário nobre.

Por Marcus Tavares

A novela é infantil, mas, se depender da vontade do SBT, o remake vai conquistar a família. Será? Estreou nesta segunda-feira, dia 21, às 20h30, a novela Carrosel, versão brasileira do sucesso mexicano, produzido pela Rede Televisa, que a própria emissora de Silvio Santos exibiu entre maio de 1991 e abril de 1992. Na epóca, a obra conquistou boa audiência, tanto é que o canal reprisou a novela três vezes (1993, 1995 e 1996).

Depois de 23 anos, o objetivo é o mesmo: elevar a audiência do canal e conseguir anunciantes. Por sinal, a novela já estreou com três patrocinadores: Chamito, da Nestlé, Omo e Cacau Show. Segundo matéria publicada pela Folha de S. Paulo, a meta da emissora é emplacar 7 pontos de média no Ibope da Grande São Paulo, ficando à frente da Record. “O SBT quer aproveitar o baixo desempenho da segunda temporada da novela “Rebelde” e do telejornal da concorrente para emplacar o folhetim de Íris Abravanel”, mulher de Silvio Santos, responsável pela adaptação do texto.

Um desafio e tanto, Carrossel terá nada menos do que 260 capítulos. O elenco conta com 17 crianças Entre elas, está Maísa Silva, a menina dos olhos de Silvio Santos. Maísa ganhou o papel da menina Valéria, escrita especialmente para ela.

A versão atual, com direção geral de Reynaldo Boury, se manterá fiel à trama mexicana, mas foi modernizada e adaptada à realidade do Brasil. De acordo com Íris Abravanel, a ideia de fazer a adaptação surgiu de sua filha Daniela Beyruti, diretora artística do SBT. Em entrevista ao Yahoo! TV, o diretor disse que Carrossel será uma oportunidade de fugir do excesso de violência que assola a maioria das novelas atuais.

Análise do primeiro capítulo

A novela é bem colorida. Os atores mirins parecem que já se incorporaram aos personagens, ao contrário de alguns adultos. Pelo que parece, a Escola Mundial ainda precisa se adaptar ao mundo tecnológico. Há computador na mesa da diretora e na sala dos professores (todos desligados), uma televisão de plasma na sala de aula, mas a professora ainda escreve no quadro-negro, com giz! Os personagens são caricatos, como a versão original. A diretora que o diga. Séria e rapugenta, ela quer silêncio, não gosta das crianças e vive no pé dos professores. A trilha sonora é nacional. Há canções de Eiliana, Simony, Patrícia Marx, Toquinho e Chico Buarque. Um CD com as músicas será lançado daqui a 20 dias. O primeiro capítulo durou exatos 50 minutos e detalhe: sem interrupção. Nenhum intervalo, nenhum comercial. Será que vai emplacar?

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