Relato de experiência
Professora Josiane Luzia Marques e Silva – Fundamental I
Escola Municipal Engenheiro Álvaro Sodré
A turma 1301 da Escola Municipal Engenheiro Álvaro Sodré, localizada em Vargem Grande, Zona Oeste do Rio, ao longo deste ano, fez um trabalho interdisciplinar para desenvolver o programa Esse Rio é Meu e apresentá-lo à comunidade escolar. Como ponto de partida, realizamos um registro escrito de nossas experiências prévias sobre o rio: O que eu sei? O que eu quero saber? O que aprendi? Logo após a realização desta tempestade de ideias, fizemos a mobilização das famílias e engajamos todas elas na coleta de água, desde a nascente até a foz do rio em estudo (o Rio Morto) para evidenciarmos a poluição gradativa ao longo do seu leito.
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O programa Esse Rio é Meu é desenvolvido em conjunto pela Secretaria Municipal de Educação e pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Prefeitura do Rio, em parceria com a oscip planetapontocom e a concessionária Águas do Rio – patrocinadora do programa. O objetivo do programa é engajar escolas na recuperação e preservação dos rios. Cada grupo de escolas da rede pública de ensino do Rio ficou responsável por desenvolver ações em torno de um dos corpos hídricos da cidade.
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Montamos uma maquete, na qual cada estudante fez a representação de sua moradia, em uma escala bem reduzida, e dispomos sobre ela tendo como referência central o rio estudado. Discutimos sobre as principais causas da poluição deste corpo hídrico e registramos como poderíamos colaborar para a conscientização da comunidade em relação ao descarte de lixo e de esgoto nos rios. Aprendemos sobre fossas sépticas e saneamento básico, com uma linguagem adaptada para a faixa etária. Partiu de uma estudante a explicação sobre Mutirão, pois ela vivencia este tipo de ação no Quilombo onde mora, próximo da nascente do rio. Decidimos que apresentaríamos à comunidade escolar o nosso projeto, através de uma apresentação teatral e de paródias.
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A turma, de 29 estudantes, foi então dividida em 7 grupos e cada um apropriou-se de uma canção infantil para montar a sua paródia. Levamos algumas semanas para finalizar essa parte da proposta. Os grupos escreveram suas letras, construíram cartazes e fizemos um bloco de músicas com o tema do projeto. Além das paródias, também tivemos a ideia de realizar uma peça teatral, cujo título levaria o nome do programa. Os estudantes planejaram, escreveram e produziram tudo. De forma coletiva, ajustamos a escrita, ampliamos alguns conceitos e a peça teatral foi redigida.
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Em paralelo, iniciamos a confecção do cenário da peça. Utilizamos materiais recicláveis, muita tinta e criatividade. Construímos rochas, peixes, jacarés, algas, chinelos, pneu, esgoto e trouxeram garrafas pet, latas, chinelos velhos e todo tipo de material que eles viram durante a visita que fizeram ao rio com as famílias. Ensaiamos muito para a apresentação! Preparamos todo o cenário e convidamos a escola para assistir ao teatro e as músicas. Foi um momento indescritível. Fizemos uma apresentação para a Educação Infantil e Especial. E outra para o Ensino Fundamental. Posso afirmar que a turma 1301 trabalhou intensamente e plantou uma sementinha de cidadania em todos os corações.
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E se enganou quem achou que o trabalho terminou aí. Graças a colaboração de um pai de uma aluna, que é um dos responsáveis pelo projeto Ação Griô no Quilombo Cafundá Astrogilda, os estudantes tiveram a oportunidade de participar de uma aula no próprio Quilombo, conhecendo um pouco mais sobre a cultura indígena e africana. Uma experiência sensorial que não sairá mais da memória das nossas crianças.
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Trabalho primoroso da professora Josiane junto a seus alunos e familiares .