Educação e meio ambiente em um programa inovador

Silvana Gontijo explica detalhes.

Por Marcus Tavares

É bem provável que você que está lendo este texto já tenha percebido o quanto a temática da preservação ambiental vem ganhando destaque ao longo das últimas décadas. E não se trata de um mero modismo, mas, de fato, de uma reflexão necessária e urgente que diz respeito ao nosso cotidiano particular e, ao mesmo tempo, à nossa permanência no planeta Terra. Dentro deste escopo, podemos destacar diversas problematizações prioritárias. Uma é a bandeira dos rios que vem sendo defendida por diferentes institutos e inciativas, como é o caso do planetapontocom, que tem como missão desenvolver soluções inovadoras para a educação pública brasileira.

Aliando educação, práticas inovadoras e a temática da recuperação e preservação dos rios, o planetapontocom criou, em 2016, o programa Cidades, Salvem seus Rios, concebido a partir da metodologia Educação com e através de causas. Ao perceberem a existência e a importância do rio em suas cidades, as crianças e os jovens tomam consciência dos problemas sociais do seu entorno, chamam para si e para suas famílias a responsabilidade do cuidado com o meio ambiente, desenvolvem competências socioemocionais e constituem conhecimentos curriculares de maneira significativa, exercendo a cidadania e o protagonismo.

“Educação com e através de causas é uma metodologia de trabalho que o planetapontocom vem investindo em diferentes projetos e o resultado é sempre promissor”, Silvana Gontijo, presidente do planetapontocom e idealizadora do programa Cidades Salvem seus Rios.


“Neste sentido, o programa tem o objetivo de mobilizar estudantes das redes públicas a conhecerem o rio mais próximo de sua escola, possibilitando e favorecendo, de forma interdisciplinar, a articulação dos conteúdos curriculares e a Base Nacional Comum Curricular”, complementa a idealizadora do programa e presidente do planetapontocom, Silvana Gontijo.

Trata-se, portanto, de um projeto de Educação Ambiental? Na perspectiva de que o programa envolve processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, sim, com certeza. Mas, na prática, o projeto ultrapassa esse conceito, uma vez que incorpora a causa de recuperação e preservação dos rios ao currículo e possibilita o trabalho interdisciplinar das dez competências gerais da Base Nacional Comum Curricular. São elas: conhecimento; pensamento científico, crítico e criativo; repertório cultural; comunicação; cultura digital; trabalho e projeto de vida; argumentação; autoconhecimento e autocuidado; empatia e cooperação; e responsabilidade e cidadania.

Leia mais:

Da ideia à prática: surge o projeto Esse Rio é Meu

O rio do Rio: a origem de um sonho planetapontocom

Conseguiu visualizar a potencialidade do projeto na sala de aula? Já imaginou algumas conexões de saberes? As variadas possibilidades de mediações, conhecimentos e valores? É isso mesmo. A proposta instiga diferentes áreas do conhecimento, pelas quais é possível, por exemplo, conduzir pesquisas sobre a história dos rios, propor ações de comunicação sobre consciência ambiental, compreender a ciência por trás do processo de despoluição, e, quem sabe, elaborar um projeto que envolva a comunidade local num processo de cooperação, responsabilidade e cidadania.

“A metodologia Educação com e através de causas presume romper o rigor das disciplinas em caixinhas separadas e por meio de metodologias interdisciplinares levar crianças e jovens a adquirirem os conteúdos curriculares, enquanto descobrem que também podem mudar o mundo”, explica Gontijo.

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