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Da ideia à prática: surge o projeto Esse Rio é Meu

Por Marcus Tavares

Para quem não sabe, o programa já saiu do campo das ideias e foi para a prática. Em 2019, a Prefeitura da cidade do Rio deu um passo grande nesta direção quando sancionou a lei nº 6.535, de 22 de abril, de autoria do vereador e professor Célio Lupparelli. A lei estabelece a criação, no âmbito das escolas da Rede Municipal de Ensino, o Projeto Esse Rio é Meu de conscientização acerca do uso sustentável e da preservação dos corpos hídricos da cidade.

De acordo com o texto, são diretrizes do projeto: oferecer orientações gerais sobre ecologia e práticas socioambientais sustentáveis; ensinar aos alunos de 1º e 2º ciclos do ensino fundamental a importância ecológica e estratégica dos rios cariocas dentro do contexto socioambiental da Cidade;  oferecer instruções práticas sobre a conservação e preservação de rios e demais corpos hídricos; formar alunos multiplicadores para atuação em suas respectivas comunidades; oferecer visitas guiadas a Estações de Tratamento de Resíduos – ETRs, unidades de conservação e de preservação e demais locais voltados para a prática da conservação e preservação hídricas; e convidar, quando possível, pais e responsáveis a participar do processo de aprendizagem dos alunos e oferecer instrumentos necessários à mobilização social em suas respectivas comunidades.

Nascia assim o projeto Cidades, Salvem seus Rios no município do Rio, com o nome Esse Rio é Meu, fruto de uma parceria entre o planetapontocom, a Secretaria Municipal de Educação e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Prefeitura do Rio de Janeiro.

Para desenvolver o programa junto às escolas da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro, o planetapontocom planejou, em 2020, uma série de atividades e ciclos de formação para professores, coordenadores pedagógicos e diretores com o objetivo de implantar o programa em quatro etapas: diagnóstico, planejamento, ações e mensuração de resultados.

No entanto, as medidas de isolamento causadas pela pandemia do novo coronavírus chegaram ao país no período previsto para o início da formação. Com a interrupção das aulas presenciais, foi preciso então adaptar os conteúdos para o ambiente digital e agendar as formações em formato de webinar, iniciadas em junho. O ciclo de encontros on-line alcançou mais de 200 gestores, professores e estudantes de 23 escolas. Paralelamente, a equipe gestora do projeto manteve reuniões periódicas para coordenar as ações conduzidas remotamente, bem como para mensurar e analisar avanços e resultados.

Durante a formação, os docentes receberam informações acerca do conceito e da estrutura metodológica do programa preparando-os para aplicá-lo em sala de aula com os alunos, agora em 2021. Em cada etapa do treinamento, professores e gestores foram instigados a conhecer o rio mais próximo da escola como fator de articulação entre os conteúdos curriculares das áreas de conhecimento de História, Língua Portuguesa, Geografia, Ciências, Artes e Matemática.

Neste sentido, algumas parcerias começaram a surgir, como a aproximação de professores da Escola Municipal Ceará e do Ciep Operário Vicente Mariano com representantes do Comitê de Bacias da Baía de Guanabara. Em conjunto, foi possível alinhar propostas de parceria e apoio técnico para medidas que serão implantadas, na segunda etapa, que envolve o planejamento das ações de recuperação dos rios estudados no diagnóstico.

Durante o período, gestores, professores e estudantes tiveram acesso a uma plataforma digital contendo informações georreferenciadas do município sobre cada escola da Rede Municipal de Ensino do Rio de Janeiro e sobre todos os rios que nascem ou cortam o município e suas bacias. A plataforma disponibiliza também conteúdos, instrumentos pedagógicos, bem como informações gerais de suporte.

Em 2021, o projeto segue e, com a reabertura das escolas, espera-se que as novas etapas sejam desenvolvidas. Entre as ações previstas estão: a revisão da plataforma digital; a inclusão e revisão de conteúdo pedagógico e de formação de gestores e professores; e a revisão dos roteiros didáticos de cada etapa e dos objetos de ensino e aprendizagem. Novas formações estão programadas, assim como a adesão de novas escolas ao projeto. Atualmente, 16 escolas já estão capacitadas para serem multiplicadoras/madrinhas das novas unidades.

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