Por Marcus Tavares
Localizada em Tomás Coelho, Zona Norte do Rio, a Escola Municipal Antonio Pereira vem, aos poucos, modificando e embelezando o seu entorno. Das calçadas e praças às áreas próximas da margem do Rio Timbó, o que se vê é um ambiente cada vez mais limpo e organizado, muito diferente do passado. Tudo isso é fruto de uma conscientização que ocorre dentro da sala de aula e que neste ano ganhou mais impulso e foco com o desenvolvimento do projeto Esse Rio é Meu.
O projeto Esse Rio é Meu é sendo desenvolvido em conjunto pela Secretaria Municipal de Educação e pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Prefeitura do Rio, em parceria com a oscip planetapontocom e a concessionária Águas do Rio. O objetivo do programa é engajar escolas na recuperação e preservação dos rios. Cada grupo de escolas da rede pública de ensino do Rio ficou responsável por desenvolver ações em torno de um dos rios da cidade.
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“Nossa escola atende estudantes da Educação Infantil ao 5º ano do Ensino Fundamental. Em cada segmento e turma, o trabalho sobre a importância da revitalização do Rio Faria-Timbó vem sendo desenvolvido desde o início do ano. A Educação Infantil elaborando carimbos de mão, dobraduras de peixes e desenhos e o Ensino Fundamental se dedicando à produção textual e debates. Ou seja, os cerca de 370 estudantes vêm participando, de acordo com seu contexto e realidade, da discussão”, destaca Camilla Marques, coordenadora pedagógica.
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Segundo Camilla, o projeto que foi incorporado ao Projeto Político Pedagógico da instituição, começou com um intenso resgate da história do rio. Ouvindo familiares das crianças e dos professores, foi sendo construída uma linha do tempo. Essa dinâmica possibilitou que a escola discutisse com as crianças o ontem, o hoje e o futuro do rio. “Trabalhando assim a temática do sonho que está presente no nosso Projeto Político Pedagógico. Afinal, qual é o rio dos nossos sonhos? O que podemos fazer para recuperar e preservar o rio? Essas questões começaram a fazer parte do nosso dia a dia”, complemente Camilla.
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Reflexões que contagiaram professores e estudantes, como a menina Gabriela, do 5º ano. Preocupada e incomodada com a questão da preservação do rio, ela resolveu debater a questão do lixo com as turmas. Com cartaz na mão, foi em cada sala para promover uma reflexão sobre o tema, o que gerou, inclusive, um pedido para Comlurb colocar caçambas de coleta seletiva de lixo na porta da escola.
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Sob a direção das professoras Eliane Mesquita e Tatiana Batista, a parceria com a Comlurb vem sendo cada vez mais estreita no sentido de recolher, o mais rápido possível, entulhos e lixos jogados próximos à escola e às margens do rio. “Há agora um contato mais próximo e intenso da escola com a Comlurb no sentido de garantir espaços mais limpos, sem entulho. Manter os locais limpos cria uma nova prática de não jogar lixo em locais inapropriados. A Comlurb vem nos ajudando, inclusive, com estratégias de inibir que os moradores joguem lixos nas praças e terrenos, o que ajuda, diretamente, na revitalização e recuperação do rio”, explica Camila. Em outra direção, os estudantes também vêm colocando, em locais próximos à escola, plaquinhas de madeira, produzidos por eles, pedindo a preservação do Rio.
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Enquanto todo esse trabalho vem acontecendo dentro e fora da escola, um grupo de diferentes turmas está ensaiando uma peça de teatro que será apresentada em novembro. A professora Karina Lisboa, de Artes Cênicas, aproveitou toda a pesquisa e estudo realizado no início do ano para contar a história do Rio Timbó. “Trata-se de uma superprodução”, brinca Camilla. Segundo ela, os estudantes estão envolvidos não apenas com o texto, mas com a confecção de cenários, figurinos e objetos de cena. “A apresentação será aberta para toda comunidade. Mais uma ação de conscientização planejada que gerará frutos’, comemora.
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