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Observar, refletir e conscientizar: as ações da Escola Municipal Engenheiro Álvaro Sodré no programa Esse Rio é Meu

Conheça a proposta do 3º ano.

Por Marcus Tavares

Josiane Luzia Marques e Silva leciona na Escola Municipal Engenheiro Álvaro Sodré, localizada em Vargem Grande, Zona Oeste do Rio. Já está na escola há cerca de 5 anos. E desde então busca instigar os estudantes do Ensino Fundamental para os conteúdos das áreas das Ciências Naturais e Geografia. Um trabalho desafiador que, neste ano letivo, ganhou uma peculiaridade: o programa Esse Rio é Meu.

O programa Esse Rio é Meu é desenvolvido em conjunto pela Secretaria Municipal de Educação e pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Prefeitura do Rio, em parceria com a oscip planetapontocom e a concessionária Águas do Rio – patrocinadora do programa. O objetivo do programa é engajar escolas na recuperação e preservação dos rios. Cada grupo de escolas da rede pública de ensino do Rio ficou responsável por desenvolver ações em torno de um dos corpos hídricos da cidade.

O ponto de partida foi um bate-papo. Afinal o que as crianças da turma 1301 (3º ano) sabiam a respeito do rio que passa próximo à escola? “Após tempestade de ideias sobre os nossos conhecimentos prévios sobre o rio, solicitei da turma que registrássemos o que gostaríamos de aprender sobre o rio. Escrevemos em um cartaz: o que eu sei? o que eu queria saber? E o que aprendemos”, conta Josiane.

Em seguida, a professora entrou em contato com os responsáveis. O envolvimento com eles é essencial”, destaca. E solicitou que cada pai ou mãe coletasse um pouco da água do Rio Morto para que, em sala de aula, os estudantes pudessem observar a cor, ou seja, as variações da água em diferentes trechos do rio. “Embora o rio esteja nas imediações da escola, ainda assim é um pouco afastado. Por isso que resolvi envolver os responsáveis. Essas garrafas foram expostas na sala, etiquetadas para tal observação. Muitos questionamentos foram feitos, já que observaram que a água da nascente estava límpida enquanto as demais não. Registramos nossas descobertas no cartaz e iniciamos a confecção de uma maquete, posicionando, aproximadamente, as casas das crianças, confeccionadas por eles, com o rio em estudo”, explica.

A construção da maquete foi processual. O rio, as casas, as ruas. E tudo feito com material reciclado. De acordo com Josiane, em paralelo à confecção, foram trabalhadas e discutidas as causas da poluição do rio: por exemplo, a falta de saneamento básico e o descarte de resíduos.

Hoje, quando o assunto é meio ambiente e preservação, a turminha de 29 crianças está bem antenada. O projeto continua, com mais pesquisas, experiências e trocas com as famílias. “Toda essa reflexão ajuda na formação cidadã dos estudantes. E é isso que queremos, que eles se tornem indivíduos mais conscientes e responsáveis”, finaliza.

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