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Programa Esse Rio é Meu instiga a curiosidade e fomenta a conscientização cidadã das jovens Claudiane e Diana, estudantes da Escola Municipal Dunshee de Abranches

Confira a entrevista com as adolescentes.

Por Marcus Tavares

Claudiane Carneiro dos Santos e Diana Gomes da Silva são amigas e estudam no 9º ano da Escola Municipal Dunshee de Abranches, localizada na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio. Ambas têm 14 anos. Nasceram e cresceram no bairro que fica próximo ao Canal dos Bancários. Têm sonhos e expectativas como qualquer jovem. Desde que as aulas começaram, foram apresentadas ao programa Esse Rio é Meu. E ficaram curiosas em descobrir como se encontrava a qualidade da água do Canal dos Bancários. Por conta própria, foram conhecer de perto o córrego, caminhando até a Praia da Rosa.

O programa Esse Rio é Meu é desenvolvido em conjunto pela Secretaria Municipal de Educação e pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Prefeitura do Rio, em parceria com a oscip planetapontocom e a concessionária Águas do Rio – patrocinadora do programa. O objetivo do programa é engajar escolas na recuperação e preservação dos rios. Cada grupo de escolas da rede pública de ensino do Rio ficou responsável por desenvolver ações em torno de um dos corpos hídricos da cidade.

Ficaram impactadas com o que viram: um rio que mais parece com um valão. Tiraram fotos e fizeram registros. Indignadas: foi como se sentiram diante da compreensão de que o canal está abandonado e que precisa, de forma urgente, ser recuperado e preservado por todos. As meninas e seus colegas de turma saíram em defesa do rio. Ao perceber o engajamento, a professora de ciências, Roberta Sá, propôs a criação de uma mascote para protagonizar uma campanha de conscientização junto aos moradores do bairro. A ação mobilizou toda a turma do 9º ano, mas foram os desenhos da própria Diana que acabaram sendo selecionados: capivara e jacaré: a Valacoste e Capivala.

Nesta quarta-feira (25/05), as estudantes foram até ao Espaço de Desenvolvimento Infantil (EDI) Neusa Maria Goulart Brizola, também localizado na Ilha do Governador. Apresentaram as mascotes para as crianças e conversaram sobre meio ambiente, distribuindo um panfleto, produzido pelo estudante João Victor Oliveira da Silva, com os seis pontos positivos de um valão limpo. Depois percorreram as ruas próximas conversando com os moradores.

A revistapontocom resolveu conhecer um pouquinho mais sobre as estudantes. Elas responderam a algumas perguntas sobre o que pensam sobre o projeto e de que forma a sociedade pode e deve participar das ações.

Confira:

revistapontocom – Quem é a Claudiane?
Claudiane é uma garota que tem dois lados, um lado que tenta ao máximo conseguir concretizar seus sonhos e o outro que se preocupa com as pessoas. Meu maior sonho é trabalhar em alguma área da arte, por exemplo, fotografia. Minha rotina é bem corrida, afazeres de casa, estudos… Enfim, muita coisa!

revistapontocom – A Claudiane é uma adolescente que se preocupa com o meio ambiente?
Sim, me preocupo, pois depois de mim virão outras gerações e a mudança precisa começar agora.

revistapontocom – Essa preocupação sempre existiu?
Sim, pois moro praticamente em frente ao rio e toda vez que chove, alaga muito! Sempre fiz a minha parte, jogando, por exemplo, o lixo nos lugares certos para não entupir os bueiros e a chuva não levar o lixo para dentro do canal. Eu moro na Ilha desde que eu nasci, então desde muito nova, eu já conhecia. Minha mãe me falava um pouquinho sobre o canal, que era superimportante e que na época que ela veio da Bahia não era como está hoje.

revistapontocom – Quando o grupo da sua escola foi ver de perto o canal, o que você sentiu?
Fiquei preocupada com a saúde das pessoas que moram e que estudam em frente ao canal, temos muitas doenças no mundo e não seria legal ter pessoas passando mal. Essa visita provocou uma grande indignação. Será que as pessoas não se importam com isso? Confesso que, além da indignação, fiquei chateada com o tanto de lixo que vi por lá.

revistapontocom – Você acha que o jovem pode, de fato, transformar o mundo?
Sim, conseguimos fazer várias coisas, por que não fazer o bem para a natureza e fazer o certo para a recuperação do canal? O mais importante é cuidar do que nós temos! É preciso incentivar os moradores a jogar o lixo no lugar certo. Cuidar do espaço para que os ‘‘jacarés” não acabem invadindo as pistas e nem entrem dentro do canal. A escola também pode ajudar, conscientizando tanto os alunos quanto os responsáveis a cuidarem do canal para coisas ruins não acontecerem. Com a recuperação dos rios, as ruas não são alagadas e as pessoas não perdem seus pertences e alimentos. A saúde das pessoas e dos animais não fica prejudicada e a água vai ter para onde ir.

revistapontocom – Quem é a Diana?
A Diana é uma garota com quase 15 anos, ama qualquer coisa envolvendo a história ou artes e que se importa muito com o meio ambiente. Meu maior senho é conhecer diferentes culturas, sejam elas aqui mesmo do Brasil ou até em outros países. Minha rotina é casa escola casa: acordo cedo, me arrumo para ir pra escola e depois que volto pra casa começo a estudar

revistapontocom – A Diana é uma adolescente que se preocupa com o meio ambiente?
Bastante, sinto que é um dever fazer o máximo possível para protegê-lo

revistapontocom – Essa preocupação sempre existiu?
Ela começou a existir quando eu soube do aquecimento global, a muito tempo atrás. E desde então sempre procurei fazer o básico, não jogar lixo em qualquer lugar da rua e não desperdiçar a água. Sobre o canal que passa perto da escola, eu já conhecia o canal, mas não sabia da sua história. Pensava que era apenas uma péssima passagem do esgoto porque ia direto a praia.

revistapontocom – Quando o grupo da sua escola foi ver de perto o canal, o que você sentiu?
Bastante nojo e impressionada com tanta sujeira. Me impactou bastante. Conclui que dependendo de onde a gente joga o nosso lixo, ele pode acabar promovendo alagamentos e causando doenças para a população.

revistapontocom – Você acha que o jovem pode, de fato, transformar o mundo?
Sim. É preciso se comunicar com os moradores. Não devem jogar lixo ao redor do canal para que ele não transborde em dia de chuva. A escola pode ajudar no sentido de comunicar e divulgar mais as ações. Eu e minha colega Claudiane, por exemplo, estamos engajadas para ajudar o meio ambiente.

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