Na semana em que o plenário do Senado aprovou projeto que regulamenta a guarda compartilhada, na qual torna-se obrigatória quando o casal se separa, foi lançado o livro A morte inventada – ensaios e vozes (Editora Saraiva). Trata-se de uma produção dos cineastas Alan Minas e Daniela Vitorino, realizadores do documentário A morte inventada – alienação parental, já amplamente divulgado pela revistapontocom.
Leia a entrevista sobre o documentário
O livro amplia a reflexão sobre a alienação parental, estende um novo olhar sobre a infância e fomenta novas perspectivas para a família. Abrange o campo do direito, da psicologia, do serviço social e avança em uma abordagem pioneira e sutil que o assunto merece e necessita.
A potencialidade da obra está em reunir 20 depoimentos de pessoas envolvidas nesse conflito e 20 ensaios de pensadores ligados ao direito de família e das mais variadas áreas da sociedade. Os depoimentos foram extraídos do site do filme (www.amorteinventada.com.br), que, desde outubro de 2008, disponibiliza um espaço para essas publicações. A diversidade dos autores na comunhão da mesma questão representa um novo momento em que a sociedade se reconhece no tema e participa dos efeitos, causas e soluções.
“A dinâmica na relação familiar durante a disputa pela convivência de um filho, sobretudo quando os envolvidos se encontram em conflito, muitas vezes em um processo de separação, representa um período de bastante apreensão. Em alguns casos, o excessivo desgaste entre os pais pode deixar marcas indeléveis. A criança, figura central nesse embate, seguramente é a que, por mais tempo, levará consigo essa questão, como um sinal. Indesejável herança”, destaca trecho do livro.