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Universidade das Crianças

UFMG cria projeto que valoriza a ciência e o saber do público infantil.

Há oito anos, professores, pesquisadores e alunos dos cursos de Belas Artes, Ciências Sociais, Comunicação Social, Ciências Biológicas, Fisioterapia e Medicina, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), estão trabalhando em conjunto para responder aos questionamentos do público infantil. Trata-se do projeto Universidade das Crianças, que tem o objetivo de disseminar conceitos e descobertas da ciência. As perguntas das crianças são transformadas em programas de áudio e vídeos de animação. Para algumas delas, a ciência tem uma resposta. Para outras, não.

Neste sentido, pretende-se estimular nas crianças o “entendimento de que a ciência está em casa, no corpo, nas atividades diárias, enfim, na maior parte das vivências cotidianas. Os questionamentos do dia a dia têm um tratamento especial: são valorizados por sua simplicidade, por sua autenticidade e por representar para nós, professores pesquisadores e universitários, um combustível para a ciência que usualmente fazemos, a portas fechadas, dentro das academias”, destaca o grupo de trabalho no texto Universidade das Crianças: ciência para as crianças no rádio brasileiro.

De acordo com os participantes do projeto, o elemento fundamental da metodologia, que funciona como ponto de partida de todo o processo, é o saber anterior das crianças/suas indagações. Este conhecimento fragmentado é a matéria prima do  Universidade das Crianças. O mais importante não é o processo de transmissão de um conhecimento sistemático, mas a ampliação dos espaços de interação, por meio de oficinas, onde educando e educador se misturam. É um processo complexo, pois nele estão implicados vários elementos que se interagem.

Como funciona

Projeto de Extensão do Instituto de Ciências Biológicas e do Núcleo de Divulgação Científica da UFMG, a Universidade das Crianças funciona da seguinte forma: o grupo de professores/pesquisadores/estudantes visita uma unidade escolar, apresenta o projeto e conversa com as crianças. Durante alguns dias, as crianças/estudantes colocam em uma caixa lacrada suas dúvidas sobre o corpo humano e o meio ambiente. O grupo recebe o material, pesquisa e responde às questões de forma textual. De volta à escola, os temas são discutidos e rediscutidos com as crianças por meio de diferentes oficinas. Os textos de algumas respostas são então (re)editados, de forma a facilitar o entendimento das crianças. Por fim, perguntas e respostas são gravadas e se transformam em programas de rádio, que são veiculados na rádio educativa da UFMG Educativa (104,5 FM) e curtas de animação, disponibilizados no site do projeto.

Segundo os coordenadores do projeto, as crianças são entendidas como agentes que negociam constantemente seus posicionamentos. “Protagonistas de processos comunicativos, elas utilizam a linguagem sonora para também expressarem parte de seus desejos e de seus anseios. Nesse processo, dialogam tanto com os adultos quanto com seus pares e formulam redes próprias de conhecimentos, as quais muitas vezes não são aceitas pelos adultos. O entendimento que muitos adultos ainda defendem de uma infância aos moldes da época medieval, ou seja, de sujeitos incapazes de pensar, de construir conceitos e saberes, tende a prejudicar a viabilidade de diálogos e/ou discursividades por meio da radiodifusão. Ao se considerar a infância enquanto parte de um processo, ou melhor, de processos que não perpassam pela fixidez, mas que carregam a fluidez constante das mudanças históricas e culturais, o Universidade das Crianças propõe pensar a infância como um processo em constante construção.

Confira a produção
http://www.universidadedascriancas.org/

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