Por Marcus Tavares
O trânsito engarrafado. A musiquinha do serviço de atendimento ao consumidor. O troco de um centavo que nunca é devolvido, simplesmente ignorado. A insegurança das cidades. A correria de um trabalho para o outro. A difícil divisão de tempo entre a família, os filhos, os amigos e o lazer. A exigência de ser um bom pai, um excelente profissional, uma irresistível e atenta esposa/marido e um galã/estrela da novela das oito, com o corpo bonito e saudável. No mundo de hoje, das grandes cidades, não há quem não fique, pelo menos, um minuto estressado com tantos afazeres, imposições, expectativas, suas e dos outros, e contextos adversos. O estresse já ganhou inclusive o adjetivo de mal do século.
Mas calma, relaxe. No último dia 13, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou, por unanimidade, a redação final do projeto de lei 3555/2008, que institui o Dia Nacional de Conscientização do Estresse, a ser comemorado, anualmente, no terceiro domingo de novembro. Na ocasião, caberá ao Ministério da Saúde realizar uma campanha nacional para esclarecer, alertar e diagnosticar a doença, as formas de tratamento e suas consequências negativas para o indivíduo e a sociedade. Por essa você, com certeza, não esperava!
Brincadeira à parte, o fato é que o estresse é visto hoje como uma doença séria e perigosa. Segundo o International Stress Management Association, o brasileiro é um dos indivíduos mais estressados do mundo, em paralelo com os norte-americanos, japoneses e alemães.
O estresse positivo, chamado de eustresse, assim como o negativo, chamado de distresse, causam reações fisiológicas similares: as extremidades (mãos e pés) tendem a ficar suados e frios, a aceleração cardíaca e pressão arterial tendem a subir, o nível de tensão muscular tende a aumentar, etc. No nível emocional, no entanto, as reações ao estresse são bastante diferentes. O eustresse motiva e estimula a pessoa a lidar com a situação. Ao contrário, o distresse acovarda o indivíduo, fazendo com que se intimide e fuja da situação.
Pesquisa divulgada recentemente pela representação brasileira do International Stress Management Association revela que o estresse não é apenas um problema dos adultos. De cada dez crianças, oito já apresentam problemas de saúde por causa das agendas cheias de atividades extras e cobranças de resultados, muitas vezes impostas pelos seus próprios pais. Por causa do excesso de atividades, tontura, vômito, dor de barriga, cefaleia e uma série de outros sintomas são identificados. A pesquisa foi realizada com 220 crianças, dos 7 aos 12 anos, de Porto Alegre e São Paulo. As mudanças comportamentais incluem agressividade, passividade, dificuldade de relacionamento, alterações no apetite, incluindo o aumento no consumo de doces e choro sem motivo.
No site www.ismabrasil.com.br você pode fazer uma auto-avaliação do seu nível de estresse. Aproveite. E fique de olho: o terceiro domingo de novembro pode ser, de fato, reservado para se pensar sobre o assunto. Se a lei for promulgada, lembre-se que a comemoração cairá num domingo. Quem sabe você terá tempo de refletir sobre o tema…
Se apesar da correria do dia-a-dia conseguirmos tirar um pouquinho de tempo para realizar atividades prazeirosas, com certeza não teremos tanto esse stresse.
ok…
Importa saber lidar com as imposições culturais que provocam stress…quem sabe não está aí o elo perdido da cadeia cultural em que a sociedade humanidade se entrelaçou???????
“Respiração” é o segredo para o indivíduo não se estressar ! Aliada a uma boa meditação e Yoga…e vc estará pronto(a) para o que der e vier ! Vamos todos sentar para meditar no terceiro Domingo de Novembro !
PRECISAMOS APRENDER A LIDAR COM O FRACASSO!!!!! É MENOS ESTRESSANTE!