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O povo indígena e a sétima arte

corumbiara

Por Marcus Tavares

Levar ao público a produção audiovisual brasileira recente sobre a temática indígena. Este é o principal objetivo da Mostra Audiovisual Primeiros Povos, em cartaz até o dia 12 de julho, na Caixa Cultural, no Rio de Janeiro. Em foco, diferentes olhares da cultura indígena, seus personagens, mitos e lutas. 

“Essa iniciativa faz parte de um projeto maior que é o de divulgar, por meio do audiovisual, as diferentes culturas dos primeiros povos. A história da construção do Brasil registrou atrocidades contra s índios, como massacres, catequização, destruição cultural e física através da imposição dos costumes do invasor, tentativa de escravização e a contaminação por doenças até então inexistentes nesses povos”, destaca o cineasta Marco Altberg, curador da mostra.

De acordo com Altberg, embora seja um pouco desconhecido, existe um imenso material em vídeo no Brasil e no exterior, produzido por índios e não índios, brasileiros e estrangeiros, sobre o cotidiano e o passado dos indígenas. Só para se ter uma ideia, eram mais de mil diferentes povos quando o colonizador português chegou ao país. Hoje, restam apenas 250 etnias. “É uma riqueza que poucos países ainda possuem. Esses povos detêm conhecimentos ancestrais de convivência em harmonia com o meio-ambiente, a medicina natural, a espiritualidade, entre outros”, destaca Altberg.

Na programação, filmes como Corumbiara (foto acima), de Vincent Carelli, produzido em 2008, que resgata histórias pungentes, como a sobrevivência de um povo até então isolado, massacrado e encurralado pelo avanço violento dos empreendimentos agrícolas e madeireiros; De volta a terra boa (2008), de Vicent Carelli e Mari Corrêa, que mostra o reencontro do povo Panará com sua terra original; e Juruna, o espírito da floresta (2008), de Armando Lacerda, que traz a história do líder indígena Mário Juruna, que chegou a se eleger deputado federal para defender seu povo na tribuna do Congresso Nacional. A visão profética dos velhos líderes Xavante com relação ao mundo dos brancos também é retratada em Estratégia Xavante (2007), de Belisário Franca.

Há ainda o longa Hotxuá, Palhaço Sagrado (2008), que aborda o imaginário do povo Krahô. Trata-se da primeira incursão da atriz Letícia Sabatella na direção de filmes, em parceria com Gringo Cardia, E a série Taru Ande – o encontro do céu com a terra (2007), de 13 capítulos, apresentada por Ailton Krenakhô.

Além da exibição dos documentários e longas, os diretores e realizadores das produções estarão presentes para conversar com o público presente. O Centro Cultural da Caixa fica na Avenida Almirante Barroso, 25 Centro do Rio de Janeiro (RJ). Tel: (21) 2544-4080.
Mais informações pelo site .

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