Um mosaico original e dinâmico – formado por fragmentos da memória oral de editores, escritores, críticos e ilustradores – está ao alcance de todos no projeto digital Memórias da Literatura Infantil e Juvenil, do Museu da Pessoa. Um mundo de histórias de gente grande, que foi criança, mas não deixou de lado o universo infantil.
”Aqui, a Ruth, a Ângela, o Ziraldo, a Tatiana, a Ana Maria e outros tantos aparecem não como escritores, ilustradores, editores ou promotores de cultura que são, mas como pessoas do mundo que narram, como a gente toda narra, um pouco do que viveram de sua infância e descoberta, de suas alegrias e dores de viver e fazer. Aparecem-nos neste espaço como pessoas quaisquer, em suas singularidades, oferecendo ao leitor a palavra que diz suas vidas, suas memórias antigas e recentes, seus fazeres e sonhares”, destaca a proposta do projeto.
Vídeos, textos, imagens, unidos pela tecnologia e pela arquitetura da hipermídia, trazem curiosidades da vida dos que fizeram e fazem a literatura infanto-juvenil. Trata-se de uma enciclopédia virtual e aberta à participação dos interessados, que podem interagir nos fóruns do site e por meio dos comentários.
Os professores que visitarem o projeto também têm a oportunidade, inclusive, de acessar o livro Memórias da Literatura Infantil e Juvenil – edição do educador. A publicação tem o objetivo de apresentar e discutir caminhos para a prática educativa, visando inserir e utilizar as histórias de vida como parte do trabalho com a literatura e a formação de leitores. A obra busca fazer um diálogo entre os conteúdos do site e a sala de aula.
Também é imperdível a Linha do Tempo, criada a partir dos relatos dos entrevistados. Uma riqueza de dados e fatos históricos, como a publicação, em 1857, do primeiro livro de literatura infantil. Traduzido do francês por Mateus José da Rocha, seu título era O tesouro dos meninos. Ou o fechamento da editora Giroflê, especializada em literatura infantil, em 1964, nos tempos da ditadura militar.