Lugar de menina também é na computação. É o que quer mostrar e defender o projeto Android Smart Girls, uma iniciativa do grupo Mulheres na Engenharia do Instituto de Computação da Unicamp, filiado ao IEEE – associação de profissionais de engenharia do mundo.
“Há um estereótipo de que quem está na computação é sempre nerd, pessoa que fica o dia inteiro na frente do computador, sem interagir com ninguém. E não é isso! Os profissionais da computação têm interação com todas as áreas do conhecimento. E, normalmente, as mulheres gostam, apreciam atuar em atividades de impacto social. As áreas de computação, exatas e engenharia oferecem essas oportunidades, mas o público nem sempre vê isso”, destaca a coordenadora do projeto Juliana Borin, em entrevista ao Jornal da Unicamp.
O objetivo do Android Smart Girl é proporcionar a alunas de Ensino Médio um primeiro contato prazeroso com noções de lógica de programação e desenvolvimento de algoritmos. Para tanto, a atividade escolhida para ser realizada com as meninas é o desenvolvimento de aplicativos para smartphones.
O projeto consiste de duas fases: primeira fase (de março junho/2014): um curso para alunas de Ensino Médio da Escola Estadual Hilton Federici, em Campinas, com o objetivo de ensiná-las a desenvolver aplicativos para a plataforma Android. A ferramenta de desenvolvimento utilizada no curso, chamada MIT App Inventor, permite a criação de aplicativos através de uma interface gráfica intuitiva.
Segunda fase (julho dezembro/2014): as meninas que concluírem o curso formarão equipe para desenvolver aplicativos de sua escolha. Cada equipe terá uma mentora e os melhores aplicativos serão submetidos a competições nacionais e internacionais.
“Alunas dos cursos de engenharia e ciência da computação participam ativamente na condução do projeto. As atividades permitem aplicar os conhecimentos já adquiridos na universidade em um projeto de impacto para a comunidade de uma escola, a curto prazo, e para a sociedade em geral, a longo prazo. Com isso, esperamos estimulá-las a continuar seus estudos e perseguir a carreira escolhida bem como torna-las agentes multiplicadoras e motivadoras entre suas colegas de graduação”, destaca Juliana.
O projeto foi um dos contemplados pela chamada “MCTI/CNPq/SPM-PR/Petrobrás – Meninas e Jovens Fazendo Ciências Exatas, Engenharias e Computação”, lançada em outubro de 2013. A Samsung também apoia a iniciativa.
Saiba mais em http://sites.ieee.org/southbrazil-wie/