Instituto para educação pelo audiovisual

Cineastas Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi criam projeto. Confira as ações para 2014.

Do site da ABPEducom

Os cineastas Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi, da Buriti Filmes, criaram o Instituto Buriti, voltado para a educação por meio do audiovisual. O lançamento aconteceu durante o  encerramento do projeto Cine Tela Brasil. O Instituto vai levar oficinas educativas de alfabetização audiovisual para escolas públicas e, a partir destas oficinas, semear projetos audiovisuais no contraturno de escolas.

Voltados para a promoção do audiovisual como ferramenta de educação, a dupla deixa de conduzir o Cine Tela Brasil. “O projeto que começou na caçamba de um carro como Cine Mambembe transformou-se em uma grande estrutura física e logística, que visitou mais de 730 bairros de todo o país. Em dez anos de itinerância, exibiu mais de 100 filmes nacionais para mais de 1.5 milhões de espectadores, em 7.395 mil sessões gratuitas”, conta Claudia Mogadouro, sócia da Associação Brasileira de Pesquisadores em Educomunicação, assessorou o projeto ao longo dese período.

Segundo Lais, Instituto Buriti trilha a mesma estrada percorrida pelo Cine Tela Brasil, ao interferir na sociedade, estimulando a educação e a produção audiovisual brasileira em regiões de baixa renda. “Vamos centrar o foco em educação. A escola está em crise no mundo todo, com alunos pouco interessados nos formatos tradicionais. Acreditamos que o audiovisual pode ser uma ferramenta de aproximação e paixão do aluno e de professores pelo conhecimento”, conclui.

Para Luiz, “o audiovisual é uma ferramenta simples e barata capaz de ajudar a escola a se renovar, oferecendo aos alunos e professores a possibilidade de se expressarem, de aprenderem a trabalhar em grupo, de dominarem novos repertórios e sintaxes afinados com os novos tempos, e, principalmente, desenvolverem pensamento crítico e valores éticos. Tudo feito com prazer, não por obrigação”.

Em 2014, Instituto Buriti vai atuar em dez escolas públicas em diversos estados do país, dando continuidade às oficinas audiovisuais e ao Portal Tela Brasil, focado na informação e aprendizado audiovisual à distância, através da internet. “Queremos fazer do Portal uma praça de encontro entre professores, alunos e realizadores de cinema”, explica Luiz.

Ainda em 2014, o Instituto irá publicar um livro sobre os dez anos do Cine Tela Brasil, incluindo uma análise sociológica e semântica dos mais de 200 curtas-metragens realizados por jovens de periferia na Oficinas Tela Brasil, ao longo de sete anos de trabalho.

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