Um filme dos Estados Unidos e Japão com os sobreviventes da bomba atômica que destruiu a Cidade de Hiroshima; um filme dinamarquês que mostra a inviabilidade de depositar os resíduos radioativos das usinas nucleares num lugar seguro e por mais de cem mil anos; um filme sobre a luta dos aborígenes e ambientalistas da Austrália contra uma mina de urânio em um parque nacional.
Estes são alguns dos filmes que participarão do Urânio em Movi(e)mento, o 1º Festival de Filmes sobre Energia Nuclear do Rio de Janeiro. Segundo Marcia Gomes de Oliveira, coordenadora do evento, o festival já recebeu mais de 40 filmes internacionais, documentários de curta e longa metragem sobre o ciclo nuclear de todos os continentes.
Os filmes mostram o mundo e os riscos nucleares. Desde a mineração de urânio às usinas nucleares, do transporte do lixo radioativo aos acidentes com navios nucleares, de Chernobyl e ao acidente com o Césio 137, em Goiânia; de Hiroshima ao escândalo da munição radioativa dos Estados Unidos nas guerras no Iraque.
O Festival pretende informar a sociedade e estimular produções independentes audiovisuais sobre energia nuclear e todo o ciclo nuclear, os riscos da radioatividade e especialmente sobre exploração, mineração e o processamento de Urânio. “Toda sociedade, todo povo tem o direito de escolha. Mas para decidir, é necessário informação. Acreditamos que informação independente é essencial para a cidadania global. Informação independente é o básico para decisões independentes”, ressalta a coordenadora.
O 1º Festival Internacional de Filmes sobre Energia Nuclear acontecerá entre os dias 21 e 28 de maio no Rio de Janeiro e em junho em São Paulo.
Saiba mais:
http://www.uraniumfilmfestival.org