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Crianças e jovens: a geração da transformação

Por Marcus Tavares

Sérgio Besserman Vianna, presidente da Câmara Técnica de Desenvolvimento Sustentável e Governança Metropolitana da Prefeitura do Rio, é otimista. Para ele, um novo mundo é possível desde que haja uma transformação na postura individual e coletiva frente às questões ambientais. E neste processo, o professor de Econcomia da PUC-Rio também destaca que a mídia terá que rever seus objetivos, principalmente de indução ao consumo.

“A mídia não só induz ao consumo como também recebe receitas publicitárias que daí decorre. Ela terá que fazer parte de um grande processo de transformação cultural. Por exemplo: se as pessoas consumirem menos bens materiais e mais entretenimento e cultura, isso ajudará a combater o aquecimento global. A humanidade ganha consumindo mais cultura e lazer criativo e ganha mais ainda consumindo menos toneladas de aço, de plástico e mudando de aparelho eletrônico a cada seis meses”, destaca o professor.

Conselheiro da organização não governamental WWF, que luta pela preservação da natureza, Besserman defende o debate franco e aberto sobre o meio ambiente com as crianças e os jovens, pois o mundo do século XXI será um local de muitas e profundas mudanças. “Infelizmente, estamos deixando para as gerações atuais o desafio de mudar o jeito de produzir, de consumir e de encontrar outra forma de convivência com o planeta. As futuras gerações terão que ter o conhecimento, o discernimento e a consciência para conduzir essas transformações”, analisa.

Segundo Besserman,  as crianças e os jovens podem começar desde agora essas transformações. Por exemplo: consumindo menos energia e comprando produtos de empresas que tenham responsabilidade ambiental. E, além disso, as gerações atuais também devem fazer política. “Não se trata de política partidária de eleger um ou outro candidato, mas de conversar com os amigos, debater ideias, ampliar os conhecimentos, pressionar os governantes e as empresas, organizar e mobilizar a sociedade civil para os desafios que há pela frente”, explica.

Mas diminuir o consumo e organizar e mobilizar a sociedade civil são tarefas fáceis? Besserman sabe que não. Mas acredita que essas iniciativas são essenciais e indispensáveis. “Pertenço à última geração que, em vez de se vangloriar por ter chegado à lua, ficará conhecida como a última geração de loucos que estava em um processo autodestrutivo. Toda mudança é difícil, mas é importante notar que as mudanças também trazem coisas boas. Provavelmente, o mundo que as crianças vão construir e usufruir será melhor, mais consciente, humano, democrático e menos violento. Um mundo que dará um novo significado para a palavra civilização”, finaliza.

Fonte – Rio Mídia

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