Enquanto no Rio de Janeiro tanto a Câmera dos Vereadores quanto a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) já proibiram o uso de celulares dentro das salas de aula, o aparelho vem sendo utilizado para alfabetizar adolescentes do Paquistão. É isso mesmo. Trata-se de uma parceria entre a Unesco e a empresa de celulares Mobilink, que forneceu cerca de 250 celulares a jovens paquistanesas.O projeto piloto começou no fim do ano passado e durou cinco meses.
O projeto funcionava da seguinte forma: todos os dias, as adolescentes recebiam mensagens de texto (SMS) em urdu, o idioma oficial do Paquistão e precisavam responder a esses alertas. As garotas tiveram ajuda de dez professores, indicados por uma ONG do país.
As alunas foram avaliadas pelo aprendizado e por ganho de conhecimentos. No começo do projeto, 57% das adolescentes tiraram nota C e apenas 28% conseguiram nota A. Perto do fim do programa, a situação foi revertida: mais de 60% das garotas conseguiram nota A e 11% tiraram nota C.
Com o sucesso do projeto piloto, a Unesco e os parceiros decidiram expandir o programa e incluir outras 1250 garotas de áreas rurais em distritos de Punjab. Para o diretor da Unesco no Paquistão, Warren Mellor, a tecnologia moderna, como o celular, pode, sim, ajudar a alcançar a meta da alfabetização universal. Ele lembra que o país está comprometido a ter 86% da população alfabetizada até 2015.
Na opinião do presidente da companhia Mobilink, celulares são a chave do desenvolvimento social e o programa no Paquistão quer garantir que as mulheres sejam parte desta revolução.
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Celular na sala de aula
Fonte – Unesco