O Boto, a Iara e a Vitória Régia são algumas das fábulas de encantamento ouvidas em Belém. Essas histórias são sustentadas por gerações naquelas tradicionais rodas de conversas familiares, geralmente em torno de uma mesa de refeição ou na porta de casa. Há séculos alimentam um imaginário potente. É através desse universo que nasceu a primeira edição da Feira Literária Infantojuvenil do Belém (Flib).
Na tradicional Livraria da Fox, com o tema encantamentos, assombrações e visagens, a Flib levou ao centro da discussão a necessidade de retomar a tradicional contação de histórias como forma lúdica de aproximar o livro do futuro leitor.
Nesta primeira edição os homenageados foram o jornalista e escritor Walcyr Monteiro (PA), autor do best-seller amazônico Visagens e Assombrações de Belém; o professor e escritor Daniel Munduruku (PA), que resgata lendas de sua etnia indígena; a contadora de histórias Lenice Gomes (PE), pesquisadora da cultura popular nordestina, e o quadrinista Gildati Júnior (PA), autor dos quadrinhos Castanha do Pará, produzidos e publicados de forma independente.
A feira, que aconteceu entre os dias 29 e 31 de março, contou ainda com oficinas, bate-papos, rodas de contação, shows, sessão de autógrafos.
A Flib é uma das atividades literárias selecionadas por meio do Edital de Feiras do Livro 2018, que aportou quase R$ 3 milhões em 16 feiras, jornadas, bienais e outros eventos literários em 11 unidades da federação: Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e em Santa Catarina.