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Audiovisual infanto-juvenil

Encontro realizado no dia 21 de outubro, no Rio, discute o cenário de produção audiovisual para a infância. Conheça alguns encaminhamentos.

Por Marcus Tavares

Dotar os cineclubes do Estado do Rio de Janeiro com as obras premiadas pelo Festival Internacional de Cinema Infantil (Fici). Apoiar os realizadores de longas infantis na participação em festivais infanto-juvenis bem como na dublagem das obras. Propor aos 13 canais infanto-juvenis da TV fechada, registrados na Ancine, a incorporação, na grade de programação, dos curtas infanto-juvenis nacionais premiados. Estes foram os três principais encaminhamentos firmados durante a abertura da 5ª edição Fórum Pensar a Infância, realizado pelo Fici, no dia 21 de outubro, no Oi Futuro, em Ipanema, Rio de Janeiro. O encontro teve o objetivo de discutir políticas públicas para o audiovisual infantil.

O primeiro encaminhamento foi anunciado por Julia Levy, superintendente do audiovisual da Secretaria de Estado de Cultura do Rio. À frente do projeto Cinema para Todos, que busca formar plateia, garantindo acesso gratuito a alunos e professores do Estado do Rio às salas de cinema, Julia afirmou que vai incluir a proposta da compra dos curtas e sua disponibilização nos cineclubes do Estado do Rio na edição 2014 do projeto.

O pedido de apoio à Ancine aos realizadores infanto-juvenis na participação de festivais específicos e na dublagem das obras partiu de uma reivindicação da diretora Rosane Svartman, presente na plateia. Convidada para o painel, Vera Zaverucha, diretora colegiada da Ancine, se comprometeu a levar e discutir a solicitação com seus pares e superiores. E foi a própria Vera que propôs à coordenação do Fórum Pensar a Infância promover uma reunião com os 13 canais infanto-juvenis da TV fechada para exibir os curtas infanto-juvenis que vêm sendo premiados em festivais brasileiros, com o objetivo de eles serem incorporados na grade dos canais. Carla Camurati e Carla Esmeralda, coordenadoras do Fici e do Fórum, se comprometeram na viabilização do encontro.

Cotas na TV Fechada

“Fico contente que em apenas uma rodada de conversas conseguimos avançar. Seria ótimo mudar tudo apenas numa canetada. Mas as coisas não acontecem assim. Portanto, estas pequenas ações representam muito para os realizadores que produzem para a infância”, destacou Camurati.

De acordo com Vera, como a lei da TV paga, número 12.495, promulgada em 2011, criou cotas para a produção brasileira e principalmente para a produção brasileira independente, a produção infantil brasileira deverá crescer nos próximos anos, o que poderá, inclusive, impactar positivamente a produção cinematográfica. “Para que cumpram com as cotas, os atuais 13 canais infanto-juvenis, registrados na Ancine, vão precisar de 2.300 horas de programação brasileira, sendo a metade de realização independente. Considerando que a produção pode ser reprisada, seriam necessárias mais ou menos 500 horas de novos produtos por ano. É uma produção muito grande”.

Fundo Setorial do Audiovisual: 53 projetos

Além das cotas, Vera também destacou os investimentos que o Fundo Setorial do Audiovisual, administrado pela Ancine, vem realizando na produção infanto-juvenil. Segundo ela, de 2008 a 2013, o fundo vem propiciando a realização de 53 projetos infanto-juvenis que ainda estão em fase de produção, envolvendo R$ 60 milhões, 20% do montante do fundo já investido. “Dezenove são obras de longa, apoiadas com cerca de R$ 23 milhões. Trinta e quatro são obras seriadas com R$ 37 milhões. Foram contempladas 35 produtoras, espalhadas por seis estados da federação”.

Na ocasião, Vera adiantou que é muito provável que em breve o Governo Federal anuncie linhas específicas de apoio do Fundo Setorial do Audiovisual. “Hoje temos linhas que contemplam a produção e distribuição. Estamos pensando em linhas de financiamento de desenvolvimento de projetos”. Com relação a uma linha específica para a produção infantil, Vera disse que, pessoalmente é a favor. “Infelizmente, do meu ponto de vista, não tem”, destacou.

Premiados

O Fórum contou ainda com a participação de Rodrigo Guimarães, gerente comercial da Rio Filme, que anunciou, para 2014, a criação de um projeto que terá o objetivo de levar os alunos da Prefeitura do Rio às salas de cinema. Cleide Ramos, presidente da Empresa Municipal de Multimeios da Prefeitura do Rio (MultiRio) e Silvia Rabello, presidente do Sindicato Interestadual da Indústria Audiovisual e do grupo Labocine, também estiveram presentes na mesa de abertura do encontro.

Antes do debate, a coordenação anunciou os filmes premiados. Categoria Histórias Animadas:
“Paleolito” de Ismael Lito; Categoria Histórias Curtas: “A História dos Meninos que Andavam de Noite” de Flávio Barone; e Categoria Teen: “Meu Amigo Nietzsche” de Fáuston da Silva.

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