Do escritório da Unesco do Brasil
Organizações de mais de 80 países concordaram em juntar forças e promover juntas mudanças por meio da Aliança Global para Parcerias em Mídia e Alfabetização Midiática (Global Alliance for Partnerships on Media and Information Literacy – GAPMIL). A GAPMIL é um esforço inovador na promoção da cooperação internacional para garantir que todos os cidadãos tenham acesso à mídia e a competências de informação. Esta iniciativa pioneira foi lançada durante o Fórum Global para Parcerias em Mídia e Alfabetização Midiática (Media and Information Literacy – MIL), que aconteceu entre 26 e 28 de junho de 2013, em Abuja, Nigéria. O fórum tratou do tema “Promoção de Mídia e Alfabetização Midiática como Meios de Diversidade Cultural”.
O evento reuniu cerca de 300 pessoas de mais de 40 países Palestrantes e participantes discutiram, acordaram e adotaram um compromisso e plano de ação para a GAPMIL, o qual foi preparado anteriormente ao evento por meio de uma convocatória global de interesse a um debate online com três meses de duração. Foi estabelecido um comitê mediador formado por 11 pessoas, duas de cada região do mundo, incluindo seis mulheres (uma delas representante juvenil) e cinco homens.
Clique aqui para ver mais detalhes sobre o compromisso e plano de ação da GAPMIL (pdf em inglês)
As sessões buscaram destacar a ligação entre a MIL, o diálogo intercultural e a educação jornalística, abrindo uma oportunidade aos participantes de discutirem sobre como a educação jornalística e a MIL contribuem com o diálogo intercultural. As instituições educacionais de jornalismo foram encorajadas a integrar a MIL e as competências interculturais em seus planejamentos pedagógicos.
Um aspecto importante desse debate envolveu a reflexão sobre possíveis diretrizes editoriais sobre reportagens interculturais, que farão parte de um capítulo do futuro livro sobre política e diretrizes estratégicas em MIL. As sessões também serviram para promover a publicação recém lançada pela UNESCO, “Alfabetização midiática e informacional: currículo para formação de professores”. O plano de ensino sobre jornalismo intercultural for particularmente destacado para beneficiar os educadores de jornalismo presentes.
Os participantes solicitaram o acesso a competências em MIL para todos os cidadãos e uma ampliação complementar de abrangência territorial para possibilitar a implantação de mais plataformas de mídias comunitárias como rádio, televisão, jornais, bibliotecas e reportagens investigativas sobre eventos, de forma que os cidadãos possam se empoderar mais com informações necessárias para tomar decisões e engajar no intercâmbio intercultural.
Notou-se a crescente influência das mídias sociais nas sociedades, especialmente entre nossos jovens. Os participantes recomendaram às autoridades que aproveitassem esses potenciais positivos de empoderamento cívico, e também mencionaram os riscos de promover iniciativas nacionais em MIL. Os desafios de infraestruturas básicas como energia e banda larga para a internet foram ressaltados. Como afirmou um dos palestrantes, Cecile Coulibaly, da Associação Internacional de Bibliotecários e Documentalistas Francófonos: “É bom que estejamos discutindo sobre mídia, alfabetização midiática e informacional e sobre questões interculturais. Às vezes, temos a impressão de que a mídia é diferente das bibliotecas. Eu acho que devemos todos sentarmos juntos e refletir sobre como devemos educar as pessoas para serem informadas. Devemos reunir nossas experiências/habilidades para criar programas nacionais que possam ajudar os cidadãos em todos os níveis sociais para evitar que sejam dominados pelo excesso de informação nas redes sociais, que sejam desinformados, que sejam dominados por anúncios de propaganda, que desviam a atenção e podem direcioná-los ruma a segregações e conflitos”.
Organizações interessadas podem se candidatar para fazer parte da Aliança Global em MIL pelo link (em inglês): Complete survey to be associate with Global Alliance on MIL.
Outro aspecto importante que deveria ser transformado em obrigatorio seria a capacitação de professores para novas tecnologias. Aqui no Instituto Brasileiro de desenho instrucional, site wwwibdin já criamos cursos e palestras gratuitos pois descobrimos que os computadores comprados pelo governo e colocados nas escolas dependem dos professores conhecerem desenho instrucional para poder criar as aulas on line. Os alunos estão solicitando isso e dizem querer que os equipamentos não sirvam apenas para apoio. Nos EUA todo professor é capacitado para o DI.
Novos tempos, novos horizontes e Novas tecnologias em prol da educação de qualidade!