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Quando a propaganda faz bem

Brasil é o segundo país do mundo que obriga publicidade nos maços de cigarro contra o consumo

Por 79 votos a 17, o Senado dos EUA aprovou ontem, dia 11 de junho, lei que autoriza a Food and Drugs Administration (FDA), a agência federal de medicamentos e alimentos, a controlar a produção, a venda e a publicidade do cigarro. Entre as exigências aprovadas estão o aumento do tamanho dos avisos dos danos à saúde e a publicação, a partir de 2012, de imagens nos maços. Talvez você não saiba, mas o Brasil foi o segundo país do mundo, depois do Canadá, a tomar tais medidas.

Desde 2001, todo fabricante ou importador de produtos de tabaco é obrigado, aqui no Brasil, a inserir nas embalagens de cigarro frases de advertência, acompanhadas de fotografias que ilustram as consequências do tabagismo. Esta propaganda tem de ocupar 100% de uma das maiores faces das embalagens, além de exibir o número do Disque Saúde. As advertências, chamadas pelos especialistas de sanitárias, também devem ocupar 10% do espaço de publicidade nos pontos de venda.

Confira as últimas propagandas brasileiras

De acordo com estudo publicado pelo Ministério da Saúde, por meio do Instituto Nacional do Câncer (Inca), a inclusão das fotos ilustrativas e o aumento do espaço ocupado pelas advertências trouxeram importantes contribuições para as ações de controle do tabagismo, ao atingir crianças, jovens e a população de menor escolaridade.

Segundo os dados, os fumantes têm aprovado a publicidade. Após o lançamento das primeiras advertências com fotos, pesquisas mostram que 80% dos usuários manifestam apoio à medida e o desejo de que as advertências sejam mais impactantes. Os fumantes apontam também que as advertências que retratam situações mais dramáticas são as que mais motivam a deixar de fumar.

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“Investir no aprimoramento da qualidade das advertências é uma forma eficiente de atingir os objetivos do controle do tabagismo, evitando que jovens comecem a fumar e motivando fumantes a deixarem de fumar”, destaca Luiz Antonio Santini Rodrigues da Silva, diretor geral do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

De acordo com a publicação Brasil – advertências sanitárias nos produtos de tabaco, divulgada pelo Ministério da saúde, por meio do Inca, desde que surgiram as propagandas, três pesquisas de opinião foram aplicadas. Uma promovida pelo Disque Saúde, outra pelo Instituto Datafolha e a terceira pela Universidade Federal Fluminense e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Nesta última, foi avaliado o impacto emocional das imagens de advertências sanitárias veiculadas entre 2001-2004 e 2004-2008.

“Os resultados demonstraram que as imagens expostas nas advertências sanitárias provocavam sensações aversivas. A intensidade destas sensações, entretanto, foi moderada. Estudos prévios demonstram que quanto mais intensa for a sensação causada por imagens aversivas maior será a ativação de sistemas neurobiológicos de defesa, aumentando atitudes de evitar o consumo de cigarro, um dos objetivos das advertências sanitárias”, destaca o texto da publicação.

No início deste ano, uma nova campanha começou a ser veiculada. As atuais advertências são produto de um trabalho coordenado pelo Inca, que reuniu profissionais das áreas de prevenção e controle do tabagismo, dependência química, epidemiologia, regulação dos produtos de tabaco (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e pesquisadores de comunicação e design da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, e da área neurocomportamental da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Universidade Federal Fluminense.

O grupo de trabalho produziu dez novas propagandas. Elas foram avaliadas por 338 jovens, dos 18 aos 24 anos. Os resultados indicaram que as novas imagens foram consideradas mais aversivas, em comparação com as anteriores.

Leia o documento que traz um histórico das advertências sanitárias

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