O aprendizado nos dias de hoje

Projeto: Aulas de empreendedorismo e cultura digital
Instituição: Núcleo Avançado em Educação (NAVE)
Localização: Tijuca, Rio de Janeiro

Quando o professor Paulo Gontijo foi convidado, no ano passado, para ministrar aulas de empreendedorismo e de cultura digital para quatro turmas do Ensino Médio do Núcleo Avançado em Educação (NAVE), no Rio de Janeiro, nem ele nem os alunos sabiam o quanto o trabalho seria produtivo, instigante e revelador. A partir das orientações do professor, os estudantes tiveram que criar e apresentar um projeto de negócio que gerasse conteúdo para mídias digitais, cuja temática tinha que estar relacionada às grandes navegações e/ou ao descobrimento do Brasil.

Complicado? Não. Foi, sim, desafiante. Segundo o professor, os alunos foram instigados a pesquisar, ler, discutir e mais ainda: entender e compreender a história do país. “Um grupo, por exemplo, fez um site sobre moda comparativa. Os alunos compararam a moda da época do descobrimento com a moda da atualidade. Era um grupo que estava bastante resistente no começo porque não sabia o que fazer. Até que uma das alunas me perguntou se podia fazer qualquer relação com o descobrimento. Disse que sim. O grupo então fez um ótimo trabalho. Eu apenas estabeleci o mínimo e dei espaço para que eles criassem”, resume o professor.

Na avaliação de Paulo, o trabalho em grupo proporcionou um grande e profícuo intercâmbio entre os alunos, pelo qual puderam trocar experiências, informações e idéias. “Definitivamente, o aprendizado não é uma coisa que vem de cima para baixo, do professor para o aluno. É um caminho de mão dupla. O professor tem que se alimentar dos interesses dos alunos para preparar uma aula e os estudantes têm que criar, entre eles, uma rede de aprendizado. Tem que existir uma dinâmica horizontal entre professores e alunos. É isso que enriquece e traz um ganho de eficiência para a aula. Faz com que o aprendizado seja mais consolidado”, explica Paulo.

Neste sentido, o professor aposta e acredita numa escola em que o aluno deve assumir responsabilidades e, ao mesmo tempo, deve ter mais autonomia. A metodologia diária de Paulo comprovou o quanto é necessário que a escola propicie aos alunos desafios. “A escola tem que expor os alunos a decisões e suas conseqüências. Eles têm de ser responsáveis por aquilo que fazem. Algo que fiz e que funcionou bem foi modificar o sistema de pontuação. Não dava a mesma nota para todos os integrantes do grupo. Dava um total de pontos para o grupo. Os integrantes tinham que decidir como esses pontos seriam distribuídos. Adotei isso com o objetivo de fazer com que os alunos percebessem que todos tinham que se esforçar para que a nota fosse distribuída de forma igual. Tudo que dá autonomia gera aprendizado prático, faz com que os estudantes aprendem no dia-a-dia. E isso é muito interessante”, finaliza Paulo Gontijo.

Contato
Núcleo Avançado em Educação (NAVE)
Rua Uruguai, 204, Tijuca, Rio de Janeiro

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