Um dedo de prosa

No último dia 14 de abril, o mundo inteiro celebrou o Dia do Café, a segunda matéria prima mais comercializada em todo o mundo, após o petróleo. No Brasil, a bebida é a segunda mais consumida, perdendo apenas para a água. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), o consumo interno de café no Brasil em 2014 foi de 4,89 kg habitante/ano de café torrado e moído, o que equivale a aproximadamente 81 litros por habitante/ano. Embora tão popular no Brasil, pouco se sabe sobre sua história e, mesmo integrando o currículo tradicional nas aulas de história, nem sempre percebemos o impacto do cultivo do café no Brasil.

Foi pensando nisso, que Maurício Squarisi dedicou-se durante cinco anos à produção do desenho animado “Café, um dedo de prosa”. O filme de 72 minutos, que deve estrear ainda este ano no Brasil, teve uma pré-estreia internacional no dia 14 de março, no Monstra – Festival de Animação de Lisboa, um dos mais importantes eventos da animação mundial. “Sempre tive interesse por temas históricos. Dos quinze curtas-metragens que realizei, vários abordam biografias e história. Meus filmes são bem autorais, sobre temas que têm muito a ver com minha vida. No caso do “Café”, há anos que venho observando que tudo que me rodeia é influenciado por ele: o chão onde piso, meus rituais diários, até minha origem, pois a parte materna de minha família veio da Itália para plantar café no interior do Estado de São Paulo”, comenta Squarisi.

Squarisi começou em 2009 a desenvolver o projeto do filme, após encontrar o livro “História do Café”, da historiadora Ana Luiza Martins, que foi também a consultora e revisora histórica da obra. O enredo se desenrola a partir do encontro de um casal de amigos, Wandi Doratiotto e Vera Holtz. Apaixonados pela bebida, eles se encontram em uma cafeteria e iniciam uma conversa agradável e recheada de informações históricas, mas apresentadas de forma leve, descontraída e bem humorada, que torna a obra acessível até mesmo para o público infantil.

Segundo Squarisi agora começa uma nova etapa de trabalho, para viabilizar o lançamento comercial da obra, e em seguida, o filme deve seguir em sessões especiais em escolas. “Estamos agora numa etapa bem desafiadora, que é a distribuição. Temos contrato com uma distribuidora, a Polifilmes, e estamos trabalhando para viabilizar o lançamento comercial ainda este ano”, comenta o diretor, que, ao lado de Wilson Lazaretti, é um dos fundadores do Núcleo de Animação de Campinas

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