Por Artur Melo, 12 anos
Estudante do 7º ano do Ensino Fundamental, da Escola Sá Pereira
Téo era um menino que ainda nem estava na escola, quando aprendeu a ler. Era louro de olhos verdes curiosos, um menino muito inteligente e agitado. Mesmo quando ainda não sabia ler e muito menos escrever já sabia que naquelas marcas (para ele, eram desenhos, símbolos observados em diversos lugares diferentes e em quantidade incontável de vezes) as pessoas mais velhas conseguiam enxergar coisas de uma maneira diferente da dele. O menino achava aquilo mágico.
O tempo passou e os seus olhos curiosos foram ficando cada vez mais atentos aqueles desenhos miudinhos. Até que um dia, Téo foi começando a decifrá-los, e também a decifrar o significado de mais e mais palavras. Pouco a pouco, mas não demorou, ele já estava lendo tudo. Aquelas marcas se tornaram ainda mais mágicas para ele. Era tão mágico poder ler sozinho e criar as suas próprias histórias, e saber mais de tudo o que estava pelo mundo.
Mas quando Téo entrou na escola, ler deixou de ser algo especial. Tinha que ler livros escolares, fazer deveres de casa etc. Então aquilo mágico – que era ler – foi caindo em sua rotina. No entanto, tinha uma mágica que sempre acontecia: Téo nunca deixou de se encantar com o “era uma vez”.
Aliás, como todos nós.