Pesquisar
Close this search box.

conheça o programa

#paternidaderesponsável

Carta para a sociedade. Conheça e participe.

Muitos de nós quando pequenos sonhávamos fazer a diferença no mundo. Idealizávamos profissões como bombeiro, policial, astronauta ou jogador de futebol para ganhar a Copa do Mundo e fazer a felicidade do nosso país. Eu, por exemplo, quis ser Lixeiro. Achava bárbaro poder subir e descer do caminhão em movimento, além de poder ajudar a manter a cidade limpa, uma questão que sempre me incomodou desde criança. Uma profissão até hoje que valorizo muito. Há também aqueles que viam a oportunidade de salvar o mundo se adquirissem superpoderes, como Superman, batman, Homem de Ferro, Flash, Homem-Aranha, entre outros.

Crescemos e, no mundo real, pouco daqueles sonhos e idealismos permaneceram vivos. A maioria de nós sobrevive entre o trabalho e a casa, o supermercado e a padaria, e, quem sabe, uma caminhada no parque de vez em quando. Até nos tornamos pais! A paternidade é um dos caminhos para se revelar o que temos de mais profundo em nossa construção individual. Como pais vislumbramos a chance de preencher aquele anseio que, desde a infância, incita-nos a ser grandes. A paternidade não acontece somente na geração de uma nova vida, mas em toda formação desse outro ser humano. A cada fase da criança, há uma nova oportunidade de o pai se reinventar enquanto “cuidador” e se melhorar como ser humano.

A importância da figura paterna

A paternidade e o envolvimento nas tarefas domésticas e de cuidado, independente de gênero, importam sim! É o que revela o crescente conjunto de estudos produzidos no mundo inteiro sobre o tema ao longo das últimas duas décadas. Existem evidências claras sobre o impacto positivo do envolvimento do pai no cuidado, especialmente para a saúde materno-infantil, desenvolvimento cognitivo da criança, empoderamento da mulher, além de apresentar consequências positivas para a saúde e bem-estar dos próprios pais.

A ONG ProMundo lançou em 2016 o primeiro relatório Situação da Paternidade no Brasil , que também pretende realçar a limitação desses dados e estimular a sua produção por agências do governo, instituições acadêmicas, pesquisadores independentes, ONGs e demais interessados.

Diz a Constituição Federal do Brasil, no Capítulo VII, artigo 266, parágrafo 7º: “Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.”

A construção do conceito de “paternidade responsável” exige uma desconstrução do modelo anterior (pai responsável = pai provedor) para uma visão moderna que ressalta o fenômeno na sua integralidade. A discussão em torno da promoção da paternidade e do cuidado também se relaciona diretamente com a luta pela superação das desigualdades entre homens e mulheres.

Desconstruindo um modelo

Estudos realizados por redes como Rede Nacional Primeira Infância e de Organizações como Instituto Papai, apontam que o investimento em políticas de valorização da paternidade e do papel do homem como cuidador tem o potencial de desconstruir um modelo dominante de masculinidade – patriarcal e machista – que reforça a desigualdade de gênero, abrindo caminho para a construção de outros modelos não violentos, baseados no afeto e no cuidado.

Na psicanálise, a função paterna, é um conjunto de funções/ações que podem ser exercidas por qualquer pessoa que assuma esse papel/figura perante a criança, independentemente do gênero e da sua ligação sanguínea. Por esse motivo, a plataforma de formação paterna 4daddy levanta as bandeiras da paternidade ativa baseada numa criação afetiva, social e cidadã, e visa reposicionar a figura paterna nessa nova dinâmica.

Uma causa

Queremos aqui formalizar o nosso manifesto: #paternidaderesponsável – Um ato, um direito, uma escolha! Um ato, pois queremos chamar a sociedade civil para “exercerem” a função paterna baseada numa criação afetiva, social e cidadã de nossas crianças e adolescentes. Trata-se de atitude/ato social e político de conscientização. Um direito, por que ser e ter um “pai” é um direito. Seja homem ou mulher, toda criança tem o direito de ter a figura paterna presente em sua vida. E todo cuidador(a) adulto tem o direito de exercer essa função assistido(a) pelo Estado.

Uma escolha, já que as funções paternas podem ser exercidas por qualquer adulto que tenha sob sua responsabilidade uma criança e/ou um adolescente. Independente do gênero ou orientação sexual, grau de parentesco biológico ou afetivo desse adulto. Ser pai, cumprindo suas obrigações legais, não é necessariamente exercer essa paternidade de forma afetiva e social. Ser cuidador, seja mãe ou pai, afetivo ou biológico, é uma escolha!

Apoie essa ideia, compartilhando esse manifesto! Convidamos a todos e todas, Estado, organizações privadas e públicas a se juntarem conosco para continuarmos construindo essa nova ideia. Estamos abertos para conversas e debates sobre o tema, e todos os assuntos a ele correlatos.

Faça aqui o seu cadastro e receba nossa news

0 0 votes
Avaliação
Subscribe
Notify of
guest

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments

Categorias

Arquivos

Tags

Você pode gostar