Para não esquecer

No dia 16 de julho de 1945, o mundo viu o limite de sua própria autodestruição. No deserto do Novo México, os americanos explodiram, como teste, a primeira bomba atômica que se tem notícia. O artefato não foi lançado de avião, mas colocado numa torre, arrasada pela explosão enquanto a areia ao redor ficou vitrificada e um cogumelo de 300 metros de diâmetro se elevou. Dias depois, em 6 agosto do mesmo ano, o experimento se repetiu, só que dessa vez no Japão, na cidade de Hisoshima, sede do comando militar do Japão Imperial. A explosão provocou a morte de cerca de 100 mil pessoas e outras 35 mil ficaram feridas.

Para relembrar a data, a 5ª edição do Festival Internacional de Cinema sobre Energia Nuclear do Rio de Janeiro, International Uranium Film Festival/Urânio em Movimento, vai exibir, nos dias 16 e 17 de julho, filmes sobre bombas atômicas. Na programação, também haverá longas sobre outros assuntos nucleares, como o acidente radioativo de Fukushima e bombas perdidas na Espanha.

Veja a programação no site do evento

Um dos destaques vem do Brasil: o filme “Revista da Morte” de Laércio Tomaz. O documentário chama atenção para o risco à saúde do uso de scanners corporais, com radiação ionizante, na inspeção de segurança nos presídios. Estes aparelhos de “body scan” funcionam como um raio-X e podem substituir a revista íntima nas mulheres que visitam presidiários. No caso retratado pelo filme, o uso de radiação ionizante na inspeção de segurança dos presídios de Vila Velha e Viana, no Espírito Santo, pode ter causado 22 abortos em série.

De acordo com os organizadores, a continuação da 5ª edição do Uranium Film Festival está planejada para setembro, enfocando filmes sobre o acidente radioativo de Goiânia, ocorrido em 13 de setembro de 1987. O festival também estará de 24 a 30 de setembro, em Berlim.

Sobre o festival
Criado em 2010, Urânio de Moviemento – fora do Brasil reconhecido como “International Uranium Film Festival” – é o primeiro festival internacional de cinema no mundo dedicado à temática nuclear, exibindo filmes sobre todas as formas de uso da tecnologia nuclear em nossa sociedade. O seu objetivo é romper a barreira entre o complexo mundo da Ciência & Tecnologia Nuclear e o senso comum, utilizando o poder da sétima arte com filmes de todos os gêneros e duração (documentário, ficção, experimental e animação), provenientes dos cinco continentes. O festival sensibiliza o público para a importância de conhecer os efeitos do uso da tecnologia nuclear em nossa sociedade, entendendo que esta é a melhor forma de prevenção aos seus riscos.

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