Três anos após o trágico incêndio de setembro de 2018, a Direção do Museu Nacional/UFRJ e o Comitê Executivo do Projeto Museu Nacional Vive (UFRJ, UNESCO e Instituto Cultural Vale) criaram uma campanha para a recomposição do acervo da instituição. O espaço também elaborou a Declaração de Compromisso para a Recomposição das Coleções do Museu Nacional, uma alusão à Declaração da Independência do Brasil de 1822.
A campanha e a Declaração de Compromisso têm como objetivo demonstrar uma clara abertura para que instituições de pesquisa, museus, diferentes coletividades representativas da sociedade e colecionadores de todo o mundo possam se juntar ao Museu Nacional/UFRJ na difícil, mas possível, tarefa de reconduzir a mais antiga instituição científica brasileira à posição de referência, em que tantas outras possam se espelhar.
A campanha ganhou, inclusive, um site (www.recompoe.mn.ufrj.br) onde é possível conhecer outros detalhes. O ambiente virtual conta com depoimentos de doadores de peças únicas que agora compõem o acervo do Museu Nacional/UFRJ, como o do diplomata aposentado do Itamaraty Fernando Cacciatore, que doou 27 peças Greco-Romanas; o do pesquisador Wilson Savino com uma importante Coleção Etnográfica Africana; do Indígena Tonico Benites com Coleção Etnográfica Indígena, do músico Nando Reis que dou Coleção de Molluscas e do Professor do Museu Nacional João Pacheco sobre a doação de Coleção Luckesh, do Universal Museum Janneum de Graz – Áustria. A ideia é recompor os quatro circuitos expositivos do Museu Nacional/UFRJ: Histórico (1.000 peças), Universo e Vida (4.500 peças), Diversidade Cultural (2.500 peças) e Ambientes Brasileiros (2.000 peças).
Diversos procedimentos relacionados a pesquisas sobre acervos, articulações institucionais, transporte e conservação das peças doadas já estão sendo adotados pelo Museu e seus parceiros. Além disso, um dos objetivos do Grupo de Trabalho de Segurança e Sustentabilidade, instância do Projeto Museu Nacional Vive coordenada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), é desenvolver modelos de segurança e gestão do Museu e suas coleções.