Entre os vários indicadores da poluição que afeta a nossa sociedade, um deles se destaca: o da poluição do ar. A OMS estima que, todo ano, pelo menos 7 milhões de pessoas morrem em decorrência direta da aspiração de ar com altos níveis de poluentes.
De acordo com o blog Scientific American, o índice de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera bateu a marca de 400 PPM (parte-por-milhão). Segundo as projeções, é a primeira vez que a Terra chega a esse índice desde a pré-História.
O debate internacional sobre o excesso de CO2 sempre esbarra na industrialização dos países. Os grandes responsáveis alegam que o prejuízo financeiro de desistir das fontes de energia que emitem gases causaria um desequilíbrio econômico profundo.
Em todos os debates sobre sustentabilidade e tecnologia, muito se discute sobre como aplicar ferramentas e recursos para reverter o cenário quase apocalíptico que se só vem piorando ao longo dos anos, mesmo com todo o esforço em conscientização e informação.
Entre as várias ideias propostas ao longo do debate, uma vem ganhando força ao longo deste ano: a implantação de árvores artificiais. Instrumentos tecnológicos que são capazes de ajudar as árvores a cumprir parte importante de seu papel no ecossistema terrestre: retirar o gás carbônico do ar.
Um dos primeiros modelos foi projetado na Universidade de Columbia pelo físico Klaus Lackner. A tecnologia é complexa no funcionamento, mas bem fácil de entender: uma resina plástica que é capaz de capturar o CO2 no ar e redirecionar para uma planta ou vegetal ligado a ela.
O jornalista americano David Biello, especializado em assuntos sobre meio-ambiente e sustentabilidade, presenciou um dos testes da nova resina. No laboratório havia uma estufa, totalmente isolada do resto do ambiente a não ser por uma abertura por onde passava um tubo de prolipropileno envolvido pela resina.
O teste mostrou que o material funcionava perfeitamente. O cálculo do físico era de que uma folha feita da resina seria capaz de retirar do ar 700 kg de CO2, o equivalente ao que 13 seres humanos expiram ao longo de 24 horas.
Pesquisadores da Universidade de Illinois levaram para frente o conceito e buscam aprimorar a iniciativa. O objetivo é, em breve, possibilitarem o uso de pequenas folhas artificiais que possam ser usadas em casas ou em áreas de indústrias. A nova abordagem sobre a invenção envolve usar energia solar para converter gás carbônico em combustível.
O professor por trás do projeto é Mennesh Singh, que em seu paper explica que ainda não atingiu o melhor índice de conversão – atualmente, apenas 15% do gás carbônico que a planta capta é efetivamente transformado em combustível -, mas com a recente parceria com pesquisadores chineses, as perspectivas para 2020 são otimistas para o sucesso da invenção.