A questão é polêmica e delicada, mas é preciso encará-la, afinal o abuso sexual infantil existe. De acordo com a última pesquisa do Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes – Viva, do Ministério da Saúde, um em cada quatro casos de violência sexual infantil (exatamente 22% dos 14.625 casos pesquisados) envolve uma criança de até um ano de idade.
De acordo com o órgão, em três a cada quatro casos (77%), a vítima tem até nove anos. A agressão sexual é o segundo tipo de violência mais praticado nesta faixa etária, com 35% dos casos, contra 36% provocados por abandono ou negligência. Entre dez e 14 anos, 10,5% das notificações de violência infantil no Brasil são sexuais, o segundo tipo, atrás apenas da física (13,3%). De 15 a 19 anos, a agressão sexual fica em terceiro lugar, com 5,2% dos casos, seguida da psicológica (7,6%) e da física (28,3%).
O que a escola e os professores podem fazer? Ao menos, identificar. O site Diario Digital Femenino, da Argentina, produziu e publicou uma cartilha voltada para os docentes, com o objetivo de informá-los de como identificar possíveis vítimas de abuso infantil. O material em espanhol é uma boa dica.