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Exposição itinerante de Portinari dialoga com diferentes comunidades do Rio

Mostra instiga o público a (re)conhecer as obras pelas lentes dos Objetivos de Desenvolvimento Sutentável da ONU.

Foto Oju Rezende

Arte e política. Arte e transformação. A exposição Portinari, Arte e Meio Ambiente em cartaz no Rio de Janeiro vem instigando o público a (re)conhecer as obras do renomado artista, desta vez, pelas lentes dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. A proposta é fortalecer a democracia, a promoção dos direitos humanos e a justiça social e ambiental. Itinerante, a exposição acaba de chegar à Biblioteca Parque da Rocinha. Esteve antes no Palacete Princesa Isabel, em Santa Cruz. No dia 28 de agosto, aterrissa no Museu do Graffiti, na Pavuna. Depois segue para o Instituto de Educação de Surdos, em Laranjeiras; Ekballo, em Madureira; e termina em Gomeia – Galpão Criativo, em Duque de Caxias.

“A obra de Portinari não fala apenas de cores e formas, nem exprime abstrações. Toda ela é profundamente comprometida com valores sociais e humanos. É uma poderosa mensagem ética, humanística e cidadã, que se eleva contra a violência e as injustiças e clama pela paz, pela fraternidade, pelo espírito comunitário, pelo respeito às pessoas e à vida”, destaca João Candido Portinari, filho de Cândido Portinari.

Idealizada pelo Núcleo de Arte e Educação, a exposição reúne 22 réplicas de obras de Portinari, como “Floresta Amazônica”, “Flora e Fauna Brasileiras”, “Retirantes”, “Pedra da Gávea” e “Praia de Ipanema”. Todas as obras expostas trazem a descrição em braile e há obras táteis para que pessoas com deficiência visual possam conhecer o trabalho de Portinari. Monitores fluentes em Libras fazem parte do time.

De acordo com o coordenador-geral da exposição, professor Guilherme de Almeida Prazeres, as mostras itinerantes são potentes ações na efetivação da aproximação do acervo de Portinari às mais diversas regiões e realidades brasileiras.

Durante as exposições também são realizadas atividades de arte-educação com crianças e jovens, utilizando diversas técnicas e linguagens da arte como forma de ampliar o diálogo e aproximar públicos plurais de maneira reflexiva, criadora e lúdica. Diálogo que começa inclusive bem antes de a exposição entrar em cartaz. “Optamos por construir essas exposições junto com as comunidades. Não levamos um formato pronto. O trabalho coletivo e democrático é mais trabalhoso, mas também, acredito, mais rico. Cada exposição tem a sua própria identidade. A gente tem, por exemplo, um processo anterior de formação dos monitores e dos arte educadores. Oferecemos aulas com professores convidados, com o próprio João Candido Portinari e visita guiada à exposição Portinari Raros, exposição de originais em cartaz no CCBB-Rio. Dialogamos também com a comunidade para entender o que esperam das atividades, quais oficinais fazem mais sentido para a região, o que conhecem sobre o artista, que reflexões e ou provocações são mais legítimas para a comunidade. Isso nos ajuda e faz a exposição crescer bastante. Ou seja: a construção vai muito além de pendurar os quadros. É um processo expositivo”, explica Guilherme, doutorando em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Entre os objetivos desse processo expositivo, o Núcleo se propõe a oferecer para educadores e educandos material educativo e formação abordando os cinco Ps do desenvolvimento sustentável: Pessoas (erradicar a pobreza e a fome de todas as maneiras e garantir a dignidade e a igualdade); Prosperidade (garantir vidas prósperas e plenas, em harmonia com a natureza); Paz (promover sociedades pacíficas, justas e inclusivas); Parcerias (implementar a Agenda por meio de uma parceria global sólida); Planeta (proteger os recursos naturais e o clima do nosso planeta para as gerações futuras).

“A missão do Núcleo de Arte Educação e Inclusão Social do Projeto Portinari é levar a mensagem de Portinari às crianças, aos jovens e ao público em geral, por meio de suas obras e também de seu pensamento, expresso nos textos e poemas que o pintor nos legou. É nítida a identificação imediata de crianças, jovens e adultos às obras do artista. Eles se reconhecem nas representações feitas pelo artista e veem suas próprias narrativas presentes nas obras. Estes laços de pertencimento ajudam a desmistificar a arte e instigar o desejo de fazer a sua própria representação. A aproximação de crianças, jovens e adultos à arte, potencializa a ampliação de mundos, de estéticas, de pontos de vistas, de modos de perceber a realidade e de interagir com o mundo”, destaca João Cândido Portinari.

A visita à exposição é gratuita. Na Biblioteca Parque da Rocinha, o horário de funcionamento é das 8 às 20 horas. O espaço fica na Estrada da Gávea, 454, Rocinha.

Biblioteca Parque da Rocinha – até 27/08
Museu do Graffiti – Pavuna – de 28/08 a 10/09
Instituto Nacional de Educação de Surdos – Laranjeiras – de 11/09 24/09
Ekballo – Madureira – de 25/09 a 08/10
Gomeia – Galpão Criativo – Duque de Caxias – de 09/10 a 22/10

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